sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cartas aos meus queridos - 1.









Quase não me lembro mais..
Tanto tempo faz..
E ainda te vejo nos meus olhos de criança apaixonada,
Correndo pelos corredores de uma escola qualquer..
Buscando nas esquinas e cantinas..
Um alguém que ou bem, ou mal me quer.

Ainda ouço no ar o som perdido..
Do tempo que cantamos juntos..
As palavras numa melodia qualquer.
Teus cabelos compridos caídos ao rosto,
acompanhado de um sorriso bobo,
sempre provocando o meu.

Ainda lembro dos seus olhos assustados,
e do meu coração quase parado,
No beijinho que eu te roubei.
Ainda vejo professores empolgados,
gritando por todos os lados,
a confirmação do que, há muito, desconfiavam..

Foste um lindo sonho..
Uma doce memória..
Uma parte da minha história..
que não me permito esquecer.
Afinal, meus primeiros versos, você me fez escrever.

Guardo ainda no peito,
as lágrimas que chorei por te querer..
E no fundo, todos os reggaes e bossas,
ainda me trazem você.

"Por que me fazes tantas perguntas?
Se olhasse no fundo dos meus olhos..
Então irias saber..
Que por mais que eu morra negando..
O único que eu amo é você."

E se nada hoje ainda existe,
é porque talvez não fosse pra acontecer.
Quem sabe foste apenas um anjo,
e me viu e fez crescer..
Dentro do peito o sentimento mais puro,
que um ser humano pode ter.

Te vejo agora como uma eterna saudade..
Um "que" de vontade..
De um sentimento que não tem idade,
Nem prazo de validade..
pra desaparecer.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

No peito, hoje.. Saudades.



Saudades de um tempo muito bom. Onde tudo era novidade. Onde os sentimentos eram puros, inocentes. Cada descoberta, um pico de adrenalina. Aquele misto de prazer e agonia, medo e curiosidade.. Tempo de promessas de amor eterno, vida a dois, felizes para sempre.. enquanto durasse..
Tempo também de muitas lágrimas.. de desespero. Tempo de sentir o chão se abrir e a Terra te engolir ainda vivo. Tempo de insônia, de saudade. Tempo de se perguntar.. e se? E se? E se? Tempo de imaginar o futuro, de se prender ao passado.. Tempo de crescer e entender que o mundo não é assim tão cor de rosa.. e que amores eternos acabam, e outros impossíveis se tornam reais. Tudo na vida tem seu tempo.. e hoje o tempo é de amadurecer, sair dos ares e fincar os pés no chão..

domingo, 7 de novembro de 2010

Coração..



Qual é o coração que não filosofa sozinho? Não chora quietinho.. Um amor que já não tem?
Qual é o coração que não sonha? Ainda que ferido.. no seu peito ainda clama.. procurando cura em outro alguém? Coração cansado, sobrecarregado, que não entendeu ao certo que não é esperto viver sem um alguém.. Coração teimoso, esperançoso, atrapalhado, que insiste em escolher errado e não se explica à ninguém. Coração de rimas pobres, mas de sentimentos nobres..
Amor sincero..Que procura ainda em versos..
Encontrar quem lhe faz bem.