terça-feira, 18 de maio de 2010

Viver!



A vida é muito curta para sentir medo.. assim como arrependimento. Cada escolha, uma renúncia.. e a incerteza que o futuro traz é o que nos desafia a continuar vivendo. Sonhe menos, viva mais. Pense, repense.. Mas se permita agir sem pensar de vez em quando. É quando as situações mais marcantes acontecem. E se algumas vezes você quebrar a cara, e quiser jogar tudo pro alto, não desista. Você ainda tem a vida inteira te esperando! E lá na frente, você entende que quanto maiores as cicatrizes, maiores foram as emoções, as aventuras.. A dor, sempre passa. As vezes demora, mas sempre passa. Mas a sensação da liberdade que só quem se arrisca sente, isso não passa nunca! E nunca se esqueça.. Quanto mais alto, e mais difícil chegar até o topo da montanha, mais linda e recompensadora será a vista. E se a vida é passageira, a lembrança do friozinho na barriga é inesquecível! Porque há muita gente que se contenta em viver rastejando.. Mas eu? Bem.. Eu adoro voar! E se para aprender são necessárias algumas quedas, o resultado certamente faz cada uma delas, valer a pena!

sábado, 15 de maio de 2010

Piano, meu velho piano..


Aos três anos de idade, ganhei meu primeiro instrumento musical. Uma flauta doce de plástico. Aos 4, entrei na escolinha, e aprendi a musicalização. Aos 5, comecei a tocar o "bife" no piano. Aos 8, comecei a me apresentar profissionalmente. Aos 15, comecei a minha primeira turnê nacional. Aos 18, a internacional. Aos 20, ganhei minha primeira tendinite. Me afastei do piano durante 3 meses. Aos 25, ganhei um dos maiores prêmios da música clássica. Aos 30, desenvolvi a síndrome do túneo do carpo na mão direita.Operei. Me afastei do piano por longos 8 meses. Aos 32, um tumor malígno na mão esquerda. Operei. A quimioterapia e a radioterapia me mantiveram longe do meu piano durante quase um ano. A dificuldades dos movimentos me fizeram reaprender a tocar, desde o início, com as devidas adaptações. Apenas 6 dedos ainda se moviam. Aos 40 anos, num acidente de carro, o vidro dianteiro cortou os tendões dos meus 3 dedos funcionantes da mão esquerda. Perdi completamente o movimento dela. Hoje sou velho.. e comigo ainda está meu velho piano. Sim.. o mesmo que eu ganhei aos 5 anos de idade. Guarda consigo tantas marcas, segredos, suor e lágrimas.. Seu som rouco pela idade ainda faz vibrar a minha alma. Mesmo velho, ele parece não se importar de ser tocado de maneira tão simples, por apenas três dedos. Viveu comigo a vida inteira, e aceita com carinho as minhas limitações. Hoje, aos 89 anos, me restam também esses três dedos, inúmeras partituras, e uma sala cheia de muitos prêmios. Mas se sou realmente merecedor de algo, peço a Deus, que tenha de mim, misericórdia.. E me permita descansar após concluir meu último feito. Um concerto, no Teatro da Paz. Ao findar minha regência, peço a Ele que de maneira "legata", junto com o final da música, retarde o meu coração bem devagar.. Que permita que antes de me deitar ao chão do palco, possa ainda me enrolar na minha idolatrada bandeira verde e amarela. E assim, junto com o apagar das luzes, fechem-se os meus olhos ao som da "Aquarela Brasileira". Brasil, meu Brasil brasileiro.. E no meu enterro, peço a todos que por favor não chorem. Permitam apenas que Ele chore uma última vez por mim. Meu piano, meu velho piano.. que tanto me sentiu chorar. Sim, peço que meu neto toque o Hino nacional, e depois, Brasileirinho! E se de mim não se poderá ouvir mais música, que mantenham viva a alma desse meu velho adorado. E quando finalmente eu for esquecido, que nunca se esqueçam do meu velho e querido, meu eterno amigo, meu piano apaixonado.

sábado, 8 de maio de 2010

Mãe



Todas as mulheres são mães.
Nascem, e logo nos primeiros anos da vida, são mães de suas bonecas. Alimentam, nanam, embalam, cuidam..
Crescem, e se tornam mãe de suas amigas e até de alguns amigos. Consolam, acariciam, ouvem, aconselham..
Depois, viram mães de seus namorados. Cuidam, lembram, brigam, abraçam.
Quando casam, viram literalmente mães de seus maridos. Cozinham, passam, lavam.. (infeliz sociedade machista).
E então, algumas possuem o privilégio de se tornar mães de seus filhos. E que fique claro. Apenas algumas. E isso não se refere ao fato de algumas serem fisiológicamente incapazes de gerar um ser, e sim ao fato de ser mãe no sentido mais abrangente da palavra.
E, por fim, lá na frente, algumas mães se tornam mães de suas próprias mães.. pais.. que quando envelhecem, voltam a se comportar como crianças.. Sustentam, alimentam, banham, vestem...
Mas mãe..
Mãe é aquela que está sempre presente, ainda que do seu lado, sem dizer uma palavra se quer, ou mesmo distante...
Mãe é aquela que cuida com todo o coração. Que compra a briga e defende com a vida seus filhotes se assim, preciso for.
Mãe é aquela que compartilha não somente ordens, mas conselhos, experiências de vida. Que indicam o caminho a seguir, e não forçam pura e simplesmente.
Mãe é aquela que quando fazemos tolices, puxam nossas orelhas... E quando chegamos com lágrimas, nos devolvem abraços, beijos e carinhos.
Superprotetoras por natureza, se importam mais com os problemas (as vezes imaginários) dos filhos, do que com os seus próprios. Dão pitaco em tudo na nossa vida.. e quando dizem algo, quase sempre têm razão..
Mãe que é mãe, sabe quando tem que ouvir, e quando precisa falar. Ainda que nem sempre façam isso..
Eu amo minha mãe com todo o meu ser.. E hoje dedico o post a ela. Mãezinha linda.. Obrigada por tudo o que a sra fez e faz por mim. A sra me educou, e fez quem eu sou, em todos os sentidos. Obrigada pela paciência, pelo carinho, e cuidado. Obrigada por nunca me deixar desamparada, mesmo sem concordar com todas as minhas atitudes. Obrigada por ter gerado a minha vida, e ter construído a custo de muitos sorrisos, lágrimas, suor e sangue.. Te amo demais. Feliz dia das mães!