segunda-feira, 29 de junho de 2009

Primeiro amor, Amor? última parte.



A não ser.. um pai doente.
Aos 43 anos, seu pai Jorge, tinha sofrido um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, o popular "derrame", e estava em coma induzido por medicações na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Albert Einstein, em SP.
Aqueles 3 dias foram os piores da vida de Luana. Sentir que a vida do seu pai estava por um fio, já era muito triste. Mas pensar que ele poderia morrer sendo enganado pela sua prórpia filhinha, aquela, que ele sofreu tanto pra criar, era terrivelmente deseperador.

Luana tinha sede pelo descobrir. Aprender e viver coisas novas sempre foi a sua paixão. Mas ter o coração dividido entre dois amores, definitivamente era uma situação nova a qual ela jamais desejaria ter vivido. A angústia de não saber o que fazer, qual dos dois homens da sua vida escolher, era a pior de todas as sensações.

Ao olhar seu pai tão tranquilo dormindo, em coma, pensava se realmente valeria a pena o importunar com uma verdade grande, porém talvez desnecessária naquele exato momento.. Qual seria o certo a fazer? Contar tudo de uma vez, e deixá-lo morrer sabendo que durante 2 anos de sua vida foi enganado, traído? Ou esconder no coração, e aguentar a consciência doer durante o resto da vida?

Após 3 dias de muito pensar, Luana chegou à decisão. Por mais doloroso que pudesse ser, terminaria tudo com Carlos, e se dedicaria aos últimos momentos de seu pai. Quem sabe depois que ele enfim partisse, ela seria livre para amar Carlos novamente. Isso se ele ainda estivesse esperando por ela.. Mas ainda assim, decidiu correr o risco.

Chegada a noite, combinaram de se encontrar no mesmo lugar de sempre. Na frente da igrejinha.

Ela: Meu amor, preciso te contar uma coisa.. mas estou sem coragem, e sei que você não vai gostar.
Ele: Minha linda, o que pode vir de você, por mais terrível que seja, que eu não goste? Amo você por inteiro, cada centímetro do seu corpo, cada palavra que sai da sua boca, e a sua boca.. Essa amo demais.
Ela: Pára, assim você deixa tudo mais difícil.. Preciso que você ouça tudo o que eu tenho pra falar, aceite, e não diga nada depois. Promete?
Ele: Não posso prometer, mas vou tentar. Você está me assustando. O que te falaram que eu fiz?
Ela: Nada. O problema é comigo. Você sabe que papai está doente, e o prognóstico é sombrio. Hoje é o terceiro dia de coma, e ele não parece estar independente dos aparelhos e remédios.
Ele: Eu sei, meu anjo. Mas já já isso passa.. Ele vai ficar bem. Sei que é difícil, queria que meu pai estivesse vivo, mas estou aqui pra te dar toda a força que você precisar. Me dá um abraço, você está tão longe de mim. O que está acontecendo?

Carlos tenta abraçar Luana, mas ela se esquiva.

Ela: Não, Carlos. Deixa eu terminar o que eu tenho pra falar. Você disse que ia tentar ficar calado, então, não diga nada.
Ele: Tudo bem, continue.
Ela: E, a probabilidade do meu pai não estar comigo futuramente, é muito grande. Não quero que ele morra enganado. Sinto que já o enganamos demais. Tenho vergonha de olhar pra ele, e me desespero ao lembrar que ele sempre me chamou de filhinha do coração, orgulho do papai, e de todas as vezes que me pegou no colo, me fez carinho para dormir, e declarou aos 4 cantos do mundo o seu imenso amor por mim.
Ele: Meu amor, agora você definitivamente está me assustando. Não vai me dizer que você..
Ela: Sim, é isso mesmo. Andei pensando muito nesses três dias, e essa é a minha decisão. Carlos, quero te ver feliz, e não vou conseguir, se eu não estiver feliz primeiro. Todas as vezes que olho pra você, me vem a imagem do meu pai morrendo, e eu o enganando.. não sei, não consigo explicar. Só sei que quero você livre. Livre de mim, dos meus sofrimentos, meus problemas, minhas confusões, minha consciência..

Pausa: Os olhos dos dois estão em lágrimas. As mãos tremem, o coração parece querer pular. A noite está serena, nem um movimento na rua. Mas a chuva de pensamentos e emoções transforma o ar calmo, em uma turbulenta tempestade. Carlos entrelaça seus dedos nos de Luana, encosta a sua cabeça na parede e chorando como uma criança desesperada, diz:

Ele: Luana, meu amor, mulher da minha vida.. Você quer me ver feliz?
Ela: É o que eu mais quero nesse mundo.. mas..
Ele: Então.. Casa comigo?
Ela: Mas..
Ele: Casa comigo? Não precisa ser hoje, nem amanhã. Só me promente que daqui há uma semana eu vou acordar e perceber que isso tudo foi só um pesadelo, uma loucura sua, que passou.. Que a gente vai continuar namorando, casar e realizar todos os sonhos que construímos juntos..
Ela: Você disse que ia ficar calado.. Não faz ficar mais difícil do que já está.. Essa é a minha decisão e eu não posso voltar atrás.. Por favor, só diz que me entende e vai embora..
Ele: Me dá um abraço, e esquece tudo isso..

Luana o abraça, e quando Ele tenta beijá-la, ela vira o rosto, e diz..

Ela: Não posso.. Te amo, mas eu não posso. Me perdoa, eu te amo.. Me perdoa.

E então vira de costas e sai correndo de volta para casa. Sobe o elevador, corre para a sacada e de lá de cima vê carlos, chorando sozinho. Vai para o quarto, lê novamente todas as cartas, os cartões.. Abraça todos os ursinhos, perfumados com o cheiro dele. Toca todas as rosas secas de recordação, relembra todos os momentos que passaram juntos.. O arrependimento insiste em surgir.. Mas ela não voltou atrás. Quem sabe deixou de viver o maior amor de sua vida. Quem sabe, não.

O tempo passou. Luana não atendeu os telefonemas, não respondeu as cartas, nem os emails. Carlos viajou para longe, e os dois nunca mais se encontraram. Guardam hoje lembranças de um amor que não viveu. Que tristemente, cedo, morreu. De sentimentos que o tempo abafou. Quem sabe ainda se encontrem, quem sabe não.

Na vida, diferentemente de um conto de fadas, nem tudo é perfeito. Talvez Luana precisasse dessa lição. Talvez não.

Hoje as cartas não mais existem. Nem as rosas, nem os ursinhos, nem as fotos. Só um carinho grande, pelo Carlos. O Carlos de 21 anos. Bobo, apaixonado. E a Luana, de 15 anos. Sonhadora, inocente.

Se era amor? Talvez hoje, com 35 anos, Luana diga que não.. mas o que é o amor na sua forma mais pura, se não o amor vivido por dois amantes apaixonados? Talvez Luana nunca mais viva um amor desses.. Talvez volte a viver. Talvez com Carlos, talvez com João.. Talvez sim, talvez não.

Mas dessa vez, fica a lição. Se você tem um amor, viva-o intensamente. Aproveite cada segundo dele. Lute por ele. Não deixe que ele se perca em pequenas besteiras, brigas sem razão, ciumes bobos, vergonha, dúvida, insegurança ou na sua rotina. Aproveite cada sorriso, cada olhar, cada toque. Cada canção, cada filme, cada momento. Quando estiver chateado, pense: Talvez exista alguém que te faça mais feliz no mundo. Talvez não. Pra que arriscar?

domingo, 28 de junho de 2009

Primeiro Amor... Amor? Parte II



E assim foram passando-se os meses.
A cada dia, ele a ensinava a vida, o mundo, as pessoas, os sentimentos..
Dentre as lições, talvez as mais verdadeiras e tristes foram: Aprender que nem todas as pessoas querem o seu bem. Muitas delas, na verdade, não o querem, e outras ainda, te farão o mal. Não conte os teus segredos a qualquer um, e confie em um número restrito de pessoas. São todos seres humanos reais, e não perfeitos, como te ensinaram antes. Interesseiras, mentirosasm, falsas, desleais.. Por isso, fique sempre com um pé atrás. Isso te ajudará a não ter tantas decepções.
Mas, a partir do momento em que você tiver vontade de confiar, se entregue! "Caia de barriga", com todo o seu corpo, de todo o seu coração. Não hesite em dizer EU TE AMO, se isso for o que você realmente sente. Abrace quem você quer abraçar, beije e elogie, não há nenhum problema nisso! Viva sua vida intensamente, se preocupando com Deus, sua família e seus amigos. Quanto aos seus inimigos? Não se preocupe. As mentiras fofocadas por eles serão abafadas com a veracidade dos seus atos.

Ao mesmo tempo que Carlos abria os olhos de Luana para a realidade, também a fazia mergulhar no mundo dos sonhos, naquela época, reais. Levou-a para escolher o apartamento onde morariam juntos quando casassem. Ela tinha 15. Namorariam escondido 3 anos, noivariam 1 mês, e casariam. Curtiriam um ao outro e somente isso, durante 7 anos, e encomendariam o primeiro herdeiro. As flores da decoração do casamento seriam rosas vermelhas e lírios brancos. O vestido seria trançado, e a festa seria na fazenda dele, pela manhã. A lua de mel? Dividida em duas partes, para agradar aos dois. A primeira etapa na polinésia francesa, e a segunda, veneza e outros lugares pela europa. A lingerie da primeira noite, branca.

Juntos, decoraram o apartamento, compraram os móveis.. Em cima das estantes, encheram de porta-retratos com fotos dos dois. Nas paredes, declarações de amor escritas por eles próprios, em tinta permantente. Cada detalhe foi cuidadosamente planejado, e cada dia se cumpria mais uma parte do lindo sonho.

Eles estavam completamente entregues um ao outro. Completamente apaixonados, alucinados, maravilhados. Sonhavam acordados, passavam horas no telefone e esperavam ansiosamente o momento de cada reencontro. Superaram momentos difíceis, brigas sem motivos, outras até com um pouco de razão. Mas o amor, ah.. o amor superava tudo. Nada no mundo poderia separá-los, a não ser...

(continua).

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Meu primeiro amor. ? Parte I.



Ele-Oi. Sei que você não se lembra quem eu sou, mas te conheço desde que você era pequenininha..
Ela-Oi. Desculpe, deves estar me confundindo. Não sei quem é você. Por favor, deixe-me ir. (medo)
Ele-Calma, não sou nenhum ladrão.. Sou filho da amiga da sua avó. A Esmeralda, lembra?
Ela-Ah, a tia esmeralda? Que fazia aqueles biscoitos voadores tão gostosos na fazenda..
Ele-Isso, isso mesmo. Nossa. Você lembra dos biscoitos e não lembra de mim. Fiquei sentido.
Ela-Ah, desculpa! É que eu era muito pequenininha..
Ele-E como você cresceu, hein? Está cada dia mais linda..
Ela-Assim você me deixa com vergonha..

Ele-Mas me conta, você vai frequentar aqui, agora?
Ela-Sim, mudei pra cá faz pouco tempo.

Ele-Que bom, vou poder te ver mais então.
Ela-Sim. Acho que sim.

(2 meses depois)

Ele-Então, já não sou mais um estranho. E acho que estou gostando mesmo de você. O que você acha?
Ela-Ah, por mim, tudo bem.. (olhar fixo nos dedos trêmulhos, mechendo na costura da saia).
Ele-Isso foi um sim?

Beijo.

Ela-Nossa.. eu nunca tinha feito isso antes. (Coração explodindo de tão forte que pulsava, e mão geladas, mais trêmulas que nunca!)
Ele-É estranho, mas depois você se acostuma. Mais um pra você se acostumar logo.. hehe..

Beijo.

Ela-Preciso ir. Meu pai está me procurando. A gente está o que afinal?
Ele-Não sei.. F...
Ela-Ficando? (Decepção.)
Ele-Não, ficando é muito vulgar. Estamos namorando.
Ela-Mas eu não posso namorar. Só com 18 anos..
Ele-Então tá, estamos namorando escondido, até você fazer 18.
Ela-Tá, então tá bom. Beijo pra vc. (Felicidade extrema.)

Beijo.

Assim começou o romance de Carlos e Luana. Na frente de uma igrejinha, sob a luz do luar, e dos postes da rua.

Ele, vivido, 21 anos. Ela, criança, 15. Ele, a experiência em pessoa. Ela, a ingenuidade.


Quatro meses depois.

Ele- Acho que já posso te chamar de meu amor?
Ela- Meu amor? Mas.. (Assustada.)
Ele- Sim, eu amo você. Me dei conta disso essa semana. Não passo um minuto se quer sem pensar em você. Adoro estar contigo, conversar, te tocar, te beijar.. te quero mais bem do que quero a mim mesmo.. Se isso não for amor, não sei mais o que é então.
Ela- Bom, então.. Tchau.. meu... a...mor?
Ele- Tchau meu amor.

Cinco meses depois.

Beijo.

Ele-Meu amor, você sabe o que é um beijo de língua?
Ela-Ué, acho que sim... não é isso que acabamos de fazer?
Ele- Não exatamente. Beijo de língua sem língua, não é beijo de língua. Então, vamos começar a usar a sua?
Ela- Mas.. Risos, muitos risoss.. (vergonha, muita vergonha..)
Não sei o que fazer!
Ele- Faça aquilo que tiver vontade.
Ela- Mas e se eu errar? Não sei, não sei mesmo! Risos..
Ele- Não acredito que você vai ficar rindo. Tenho cara de palhaço?
Ela-Não, risos. Só estou nervosa. Não sei como fazer.
Ele- Faz tudo o que eu faço.. só repete.
Ela- Mas eu não consigo.

Ele fecha os olhos dela com os dedos, e lhe cala o sorriso com outro beijo.

6 meses

Beijo.

Ela- É assim?
Ele- Nossa. Nem acredito que você conseguiu parar de rir por um instante e me beijou de verdade. Nossa. E que beijo.
Ela- risos.
Ele- Xii.. vai começar outra vez.

Beijo.


Continua.

domingo, 21 de junho de 2009

O mundo precisa de mulheres..



Bom, estou passando por um momento sem inspiração.. Doente, sem sair de casa. Então vou postar um pensamento meu, que veio num "dia-como-outro-qualquer", fazendo o que se faz em dias assim.

Sabe, o mundo tem tantos bilhões de mulheres.. Brancas, pretas, amarelas, ricas, pobres, alegres, tristes, divertidas, monótonas, apaixonadas, solitárias, enfim! Não vou perder mais tempo falando da diversidade da humanidade.

Mas, quando olho da sacada do prédio, só vejo mulheres iguais. Que correm por aqui, e para acolá, com a mesma cara, com os olhos perdidos dentro dos próprios pensamentos, e os sonhos presos no coração. Nos traços do rosto, nada transparece. Só muito pó compacto, blush, creme anti-rugas e outros cosméticos inventados por pessoas espertas que sabem como arrancar dinheiro da esperança alheia.

O mundo está cheio de mulheres. Mas ainda assim, precisa de mais. Ou outras. Mulheres diferentes, que se deixem levar pelas emoções, pelos sentimentos. Que se permitam ser guiadas pelo coração, se permitam confiar, errar, cair e levantar.

O mundo precisa de mulheres, mulheres individuais. Que pensem por si só. Que não comprem comida de um restaurante para servir num jantar à dois. Que Não tenham vergonha de passar a manhã na beira do fogão, preparando uma receita repleta de amor e carinho..

Mulheres que queiram ter filhos, não para ter uma espécie de babá quando ficarem velhinhas. Mas mulheres que queiram experimentar todos os tipos de amores, e quem sabe, o maior amor do mundo, o amor de mãe.

Mulheres que não se deixam ser guiadas pela moda, mas que façam a sua própria moda. Que não vistam a televisão, nem revistas. Mas que vistam sua personalidade, seu caráter, sua auto-confiança e sua auto-estima.

Mulheres que não tenham vergonha de admitir um grande amor, uma grande decepção, um grande medo, uma grande paixão. Mas que tenham coragem suficiente para superar seus erros, humildade suficiente para não supervalorizar os seus acertos, e sabedoria o suficiente para continuar vivendo.

Mulheres que façam exercícios não somente para sumir com as celulites, mas para ter saúde. Mulheres que saibam ser flexíveis, mas não fáceis. Que saibam além de falar, ouvir.

Mulheres que não vejam o mundo escorregar entre os dedos. Mas que Usem as mãos para construir seu próprio mundo. Não um mundo fechado, como uma redoma de cristal. Mas um mundo aberto, para novas idéias, novas pessoas, novos amores. Ainda que sejam idéias por hora esquecidas, pessoas já antes conhecidas, ou amores quem sabe outrora vividos.

Mulheres que consigam ser felizes, sozinhas. Mas que não tenham vergonha de admitir que vivendo uma vida à dois, podem ser muito, muito mais felizes.

domingo, 14 de junho de 2009

E a racionalidade AINDA impera...



"Ô cabecinha.. por que de novo?
Mais uma vez caíste no mesmo erro..
Por que confias demais nas pessoas?
Já te falei 50 vezes que elas falham.
Por que ainda insistes em dar à elas uma segunda chance?
Não te brigo por perdoar. Isso faz bem. Mas fica esperta.. quem cometeu uma vez o erro, provavelmente cometerá a segunda, e a terceira, e a quarta vez..
Perdoar é perdoar. Confiar plenamente novamente são outros quinhentos.
Ô cabecinha.. você já está grandinha para ser tão inocente.
Quando você vai aprender? Quando quebrar a cara mais uma vez?
Cuidado para não cair muito fundo então..
Ou quem sabe seja melhor cair o mais fundo possível.. para ver se daí você aprende de uma vez."


Não quer se decepcionar com ninguém?
Não espere nada então.
Não confie, não se entregue.
Não se esqueça: São todos seres humanos, falhos. Assim como você.
Lembre-se: Você não é insubstituível.
Faça o seu melhor, se dedique. Não por alguém. Mas por você.


A Sayuri racional ataca novamente.
Acho que o clima romântico do dia dos namorados me afetou de maneira inversa.. Dor de cotovêlo? Ou falta de esperança?

domingo, 7 de junho de 2009

Quem é você?




Pessoas.
Que não conseguem ver a felicidade dos outros.
Azedas.

Pessoas.
Que destroem a felicidade dos outros.
Amargas.

Pessoas.
Que se alegram com a felicidade dos outros.
Boas.

Pessoas.
Que ajudam a felicidade dos outros.
Humildes.

Pessoas.
Que tornam a vida um sonho real.
Felizes.

Felicidade.
Você pode correr o mundo inteiro, ou ficar parado no mesmo lugar, para descobrir que ela sempre esteve dentro de você.

Paixão.
É perder o controle, deixar-se levar. É a inconsequência, insensatez. O arrepio mais gostoso de ser sentido. O perigo mais gostoso de ser vivido.

Amor.
A alegria de entregar-se completamente à uma pessoa, feita de carne e ossos, com defeitos, qualidades, desejos.. e não ter medo, não se arrepender.. simplesmente não se preocupar com o amanhã, porque o hoje vivido é tão magnificamente maravilhoso, que nada mais importa. É reduzir o mundo à uma pessoa, a eternidade à um instante, a felicidade à um sorriso. Um único sorriso, que também é seu.

Sonhos
Desejos subconscientes de uma alma presa na realidade. O que você faria se o impossível não existisse. O que você é, quer, teme e deseja, no mais íntimo do seu ser.

Eu
Uma mistura de sonhos, amor, paixão e felicidade. Tristezas, defeitos, mágoas e realidade. Alguém que corre atrás do que quer e se entrega de corpo e alma ao que acredita. Que não tem medo de estar errada, e não tem vergonha de admitir seus defeitos. Que se reconstrói a cada decepção, e que jamais perde a esperança de viver a vida de um jeito melhor.

Você.
Seus defeitos e qualidades. Seus pensamentos e sua realidade. Seus sonhos, seus amores, sua família, seus amigos, seus desejos, suas paixões. Você é não somente aquilo que pensa ser, mas aquilo que o mundo fez com que você fosse. Para os outros, é o que você se mostra ser. Para a sua consiência, você é aquilo que é e quer, o que pensa e faz quando ninguém mais te vê.

-> Quem você é, quando ninguém mais te vê? Quando na frente do seu espelho, só existe você?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Uma homenagem ao Adriano.



Nas últimas postagens que fiz, recebi comentários à respeito da semelhança encontrada entre os meus textos e os textos do Adriano. Comecei, pois, a analisar com mais atenção as idéias, e compará-las para saber realmente se esses comentários procedem.
Primeiramente, me sinto honrada por tal comparação. Na verdade, não conheço mais o Adriano além do que seus textos e comentários me permitem - assim como a qualquer um - conhecer.
Não sei quem é, se esse é o seu verdadeiro nome, quantos anos tem, onde vive, nada. Tudo o que eu sei é aquilo que posso ler e imaginar numa espécie de "holograma mental" que talvez só a minha mente consiga formar.
Mas, se ele realmente é aquilo que escreve - e as más linguas de plantão não interpretem isso como desconfiança - posso dizer que é de uma espécie em extinção.
Um ser humano que ainda acredita no amor verdadeiro e não tem medo de vivê-lo é, no mínimo, corajoso. O último romântico da terra?
Talvez a semelhança de nossos textos sejam devido ao meu desejo de um dia conseguir ser assim também. Se preocupar - de maneira saudável - com o amanhã sem deixar de viver o hoje é o que eu mais admiro e tento fazer, mas para mim, se parece um sonho tão distante quanto o infinito é para a mente humana.
Daí começam as diferenças. O Adriano faz sair de cada frase escrita, essa essência. Parece fluir de cada palavra um perfume suave e contagiante que se espalha em cada parágrafo. O Adriano parece escrever aquilo que vive. É como se em cada verso fosse deixado um pedaço da sua vida, uma marca da sua história. E a maneira constante do seu jeito de escrever transmite certeza, segurança de alguém que sabe e sente o que vive.
Já eu, sou uma eterna aprendiz. Meu mundo é formado de incertezas, insegurança e mudanças repentinas de opnião. Vivo num eterno conflito entre meus pensamentos, meus "quereres", minha razão e emoção.
Tantas decisões a tomar, e me falta coragem. Talvez essa seja a principal diferença entre o Adriano e eu. Ele tem a coragem que me falta. No mundo dele, o coração manda na razão, ou os dois se completam. No meu, a mente ainda predomina. Ainda. Ele escreve a vida dele. Eu, os meus sonhos.