terça-feira, 2 de junho de 2009

Uma homenagem ao Adriano.



Nas últimas postagens que fiz, recebi comentários à respeito da semelhança encontrada entre os meus textos e os textos do Adriano. Comecei, pois, a analisar com mais atenção as idéias, e compará-las para saber realmente se esses comentários procedem.
Primeiramente, me sinto honrada por tal comparação. Na verdade, não conheço mais o Adriano além do que seus textos e comentários me permitem - assim como a qualquer um - conhecer.
Não sei quem é, se esse é o seu verdadeiro nome, quantos anos tem, onde vive, nada. Tudo o que eu sei é aquilo que posso ler e imaginar numa espécie de "holograma mental" que talvez só a minha mente consiga formar.
Mas, se ele realmente é aquilo que escreve - e as más linguas de plantão não interpretem isso como desconfiança - posso dizer que é de uma espécie em extinção.
Um ser humano que ainda acredita no amor verdadeiro e não tem medo de vivê-lo é, no mínimo, corajoso. O último romântico da terra?
Talvez a semelhança de nossos textos sejam devido ao meu desejo de um dia conseguir ser assim também. Se preocupar - de maneira saudável - com o amanhã sem deixar de viver o hoje é o que eu mais admiro e tento fazer, mas para mim, se parece um sonho tão distante quanto o infinito é para a mente humana.
Daí começam as diferenças. O Adriano faz sair de cada frase escrita, essa essência. Parece fluir de cada palavra um perfume suave e contagiante que se espalha em cada parágrafo. O Adriano parece escrever aquilo que vive. É como se em cada verso fosse deixado um pedaço da sua vida, uma marca da sua história. E a maneira constante do seu jeito de escrever transmite certeza, segurança de alguém que sabe e sente o que vive.
Já eu, sou uma eterna aprendiz. Meu mundo é formado de incertezas, insegurança e mudanças repentinas de opnião. Vivo num eterno conflito entre meus pensamentos, meus "quereres", minha razão e emoção.
Tantas decisões a tomar, e me falta coragem. Talvez essa seja a principal diferença entre o Adriano e eu. Ele tem a coragem que me falta. No mundo dele, o coração manda na razão, ou os dois se completam. No meu, a mente ainda predomina. Ainda. Ele escreve a vida dele. Eu, os meus sonhos.

11 comentários:

  1. Eu quase duvido que você e o "homenageado" realmente não se conhecem, pois, como alguém disse aqui, ás vezes vocês parecem um. Mas é impossível duvidar de alguém que escreve algo assim tão tocante, humilde e principalmente honesto. Mas discordo de ao menos duas coisas do texto:
    1- Você se diz eterna aprendiz, mas posso te dizer com toda minha humildade que tenho aprendido muito na leitura de seus textos.
    2- Diz que tem ausencia de coragem, mas o simples fato de expressar-se de forma tão expontânea e pura demonstra uma coragem que poucas pessoas possuem.

    É muito lindo ver alguém que é, e outra que sonha ser...talvez um dia quem é, tenha sonhado, talvez quem sonha lá no fundo já seja, e talvez dois seres que nunca foram realmente possam ser a mesma pessoa.
    xi, peguei o vírus de escritora. rs
    Parabéns!

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  2. Todos nós podemos morrer de inveja desse cara? aos inveja! Belíssima em todos os sentidos! belíssima!
    Você parece que não existe! Esse cara deve esta sem palavras até agora...

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  3. Inveja? Não entendi.. Não sinto inveja, tenho admiração, pura e simplesmente!
    =)

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  4. Cara blogueira, seu texto é encantador!
    Não querendo interferir, mas acho que o anônimo ficou com inveja justamente da sua admiração por esse tal Adriano, eu, ao contrário, achei encantador. Você deveria ir com calma, viver intensamente com liberdade e personalidade em geral custa muito caro, nem todo mundo agüenta ver e sentir a vida, o amor e tudo mais da forma que realmente são.
    Fazendo uma última referência ao anônimo, o tal Adriano deve ter ficado sem palavras mesmo, é a única explicação.

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  5. ah! foi mal aí! sou o primeiro anônimo. Eu realmente quis dizer o que o segundo anônimo falou. Eu fiquei inveja do tal Adriano Sassa. Fui até no blog dele para checar. O cara manda bem mesmo!
    Voce é perfeita escritora Sayuri.

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  6. Quem é você? Você me conhece, né? Me chamou pelo meu apelido, Sassá. Por que não se identifica? ;)
    Acho que já até sei quem é.. rs.

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  7. Sayuri, realmente você me deixou sem palavras... Desde o dia em que li seu texto fiquei sem ter o que dizer literalmente.
    A construção do seu "holograma mental" foi no mínimo fruto de uma alma excessivamente gentil e que esta disposta a acreditar nas coisas boas.
    Ainda estou sem palavras e quando achar algumas realmente dignas, ou no mínimo remotamente equivalentes as que você tão graciosamente escreveu, as transformarei num texto.
    Só lhe adianto que a admiração é mútua e você tem como maior qualidade na hora de escrever é por na "tela" não só o que você sente, mas o que boa parte da humanidade sente.
    Agradeço a você pela seus textos que são, quase sempre, uma aula de vida, realmente é uma honra pra mim ser comparado ou até confudido contigo.
    Sou grato pelas suas partipações no meu blog, sempre pertinentes e edificantes.
    E sobretudo sou grato belo enleante holograma mental! Fruto mais do que nunca de uma alma gentil do que qualquer coisa.

    um grande abraço!

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  8. Nossa depois dessa...loves in the air! Mal posso esperar por cenas do próximo capítulo.

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  9. Não obstante os gracejos, não raro pueris, de alguns comentários feitos. A "relação" Sayuri e Adriano se baseia apenas na respeitosa admiração mútua de dois escritores amadores (que escrevem por amor e não por profissão) e despida de conteúdo pessoal e íntimo. Até porque, assim com ela a mim, só a conheço através de seus textos e de um "holograma mental" criado por mim sobre a mesma.
    Diante de tudo isso, além de inadequados acho dispensáveis tais insinuações e ilações completamente desprovidas de fundamento.

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  10. Mas que vocês "holofráficamente" fazem um par perfeito todo mundo há de concordar!
    Talvez simplesmente estamos aqui diante de uma história...e seu início, pode ser uma grande história ou apenas umas linhas...quem vai saber... nem vocês dois sabem.
    :)

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