sexta-feira, 26 de junho de 2009

Meu primeiro amor. ? Parte I.



Ele-Oi. Sei que você não se lembra quem eu sou, mas te conheço desde que você era pequenininha..
Ela-Oi. Desculpe, deves estar me confundindo. Não sei quem é você. Por favor, deixe-me ir. (medo)
Ele-Calma, não sou nenhum ladrão.. Sou filho da amiga da sua avó. A Esmeralda, lembra?
Ela-Ah, a tia esmeralda? Que fazia aqueles biscoitos voadores tão gostosos na fazenda..
Ele-Isso, isso mesmo. Nossa. Você lembra dos biscoitos e não lembra de mim. Fiquei sentido.
Ela-Ah, desculpa! É que eu era muito pequenininha..
Ele-E como você cresceu, hein? Está cada dia mais linda..
Ela-Assim você me deixa com vergonha..

Ele-Mas me conta, você vai frequentar aqui, agora?
Ela-Sim, mudei pra cá faz pouco tempo.

Ele-Que bom, vou poder te ver mais então.
Ela-Sim. Acho que sim.

(2 meses depois)

Ele-Então, já não sou mais um estranho. E acho que estou gostando mesmo de você. O que você acha?
Ela-Ah, por mim, tudo bem.. (olhar fixo nos dedos trêmulhos, mechendo na costura da saia).
Ele-Isso foi um sim?

Beijo.

Ela-Nossa.. eu nunca tinha feito isso antes. (Coração explodindo de tão forte que pulsava, e mão geladas, mais trêmulas que nunca!)
Ele-É estranho, mas depois você se acostuma. Mais um pra você se acostumar logo.. hehe..

Beijo.

Ela-Preciso ir. Meu pai está me procurando. A gente está o que afinal?
Ele-Não sei.. F...
Ela-Ficando? (Decepção.)
Ele-Não, ficando é muito vulgar. Estamos namorando.
Ela-Mas eu não posso namorar. Só com 18 anos..
Ele-Então tá, estamos namorando escondido, até você fazer 18.
Ela-Tá, então tá bom. Beijo pra vc. (Felicidade extrema.)

Beijo.

Assim começou o romance de Carlos e Luana. Na frente de uma igrejinha, sob a luz do luar, e dos postes da rua.

Ele, vivido, 21 anos. Ela, criança, 15. Ele, a experiência em pessoa. Ela, a ingenuidade.


Quatro meses depois.

Ele- Acho que já posso te chamar de meu amor?
Ela- Meu amor? Mas.. (Assustada.)
Ele- Sim, eu amo você. Me dei conta disso essa semana. Não passo um minuto se quer sem pensar em você. Adoro estar contigo, conversar, te tocar, te beijar.. te quero mais bem do que quero a mim mesmo.. Se isso não for amor, não sei mais o que é então.
Ela- Bom, então.. Tchau.. meu... a...mor?
Ele- Tchau meu amor.

Cinco meses depois.

Beijo.

Ele-Meu amor, você sabe o que é um beijo de língua?
Ela-Ué, acho que sim... não é isso que acabamos de fazer?
Ele- Não exatamente. Beijo de língua sem língua, não é beijo de língua. Então, vamos começar a usar a sua?
Ela- Mas.. Risos, muitos risoss.. (vergonha, muita vergonha..)
Não sei o que fazer!
Ele- Faça aquilo que tiver vontade.
Ela- Mas e se eu errar? Não sei, não sei mesmo! Risos..
Ele- Não acredito que você vai ficar rindo. Tenho cara de palhaço?
Ela-Não, risos. Só estou nervosa. Não sei como fazer.
Ele- Faz tudo o que eu faço.. só repete.
Ela- Mas eu não consigo.

Ele fecha os olhos dela com os dedos, e lhe cala o sorriso com outro beijo.

6 meses

Beijo.

Ela- É assim?
Ele- Nossa. Nem acredito que você conseguiu parar de rir por um instante e me beijou de verdade. Nossa. E que beijo.
Ela- risos.
Ele- Xii.. vai começar outra vez.

Beijo.


Continua.

5 comentários:

  1. Ahh... cadê a parte II?!Quero saber onde é que isso vai dar!!! :D

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  2. hehehehe eu também quero saber onde isso vai dá... beijo beijo e beijo.rs
    Bonitinho.

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  3. Parece que seu destino é se envolver ou ser envolvida por homens mais velhos, simplesmente porque você esta bem a frente do seu tempo e da idade de seus pares.
    Lindo texto! Se é o primeiro é claro que haverão outros, romances são assim, começam e acabam...e recomeçam com outras faces.
    bjão.

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  4. bonitinho o texto.
    também fiquei curiosa pra saber a continuação da história.
    este início de namoro me fez lembrar o início do meu, um beijo seguido de um "ainda preciso pedir? rs" dito por ele, e também começamos escondido (mas só um mês).
    Parabéns Sayuri!
    venho acompanhando seus textos sem tecer comentários, mas você escreve muito bem, viu.

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  5. Essa história, me é familiar, ou será que eu sonhei com ela?
    É, acho que foi um sonho mesmo!
    kkkkkkkk... :)

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