quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ah, se eu pudesse...




"Se eu pudesse abrir seus olhos, te fazer enxergar o que hoje você não vê. Se eu pudesse te levar numa viagem pelo tempo, pelo seu interior.. quem sabe você conseguiria entender o que hoje nem sonha.. Se eu pudesse apagar seus medos, responder todas as tuas perguntas.. Se eu pudesse te enroscar nos braços, e em um longo abraço, te dizer que vai ficar tudo bem.. Se eu pudesse andar contigo, mostrando que é certo o caminho que você teme em seguir..
Mas aprendi que amar é deixar o outro em liberdade. Mostrar suas vontades, sem interferir nas decisões. Aprendi que o que realmente é nosso, sempre será. E se um dia for embora, é porque nunca o foi de verdade. Aprendi que não posso viver sem ti, mas que ensiná-lo a viver, é viver por ti. E isso, quem ama não faz..."

domingo, 26 de dezembro de 2010

Coração desabrigado..



"E na madrugada fria, sentada ao chão da varanda, com o cantar dos grilos e o cintilar das estrelas, percebi que meu coração nunca foi meu. Sempre pulando de peito em peito por aí, sem dono, sem paradeiro.. Até sem destino, em tantas ciladas acabou caindo, que hoje tem medo e se encontra guardado. Trancafiado, lacrado à sete chaves em algum lugar do lado esquerdo.. Não espera que a chave certa esteja nas mãos de um príncipe encantado.. Mas permanece sentado, a espera de um novo abrigo, um peito sem inquilino que queira adotar um coração. E enquanto esse lar quentinho não aparece, segue quietinho no meu."

sábado, 25 de dezembro de 2010

Rosas.. Sempre são rosas.



Rosas. Vermelhas, brancas, amarelas, laranjas, beges, rosas. Cada qual com seu devido significado. Uma cor para cada sentimento, cada momento, cada pensamento.. Desde uma simples homenagem, até uma belíssima declaração. Em cada pétala, uma lição. Ainda que se arranquem todas elas, ou se machuquem.. ainda que o seu centro seja precocemente exposto, exalam o mais suave perfume..
Delicadeza, perfeição. Aquele toque aveludado, que só sente quem a tem na mão.
E se nos caules trazem espinhos, para mim, aquecem o coração.. felicidade que não há quem diga que não.
Há quem não valorize tal flor. Eu as valorizo demais.. São intensas e breves. Marcam para sempre um momento, em sua curta jornada três ou quatro dias. Se fazem presente na memória durante anos.. e até pra toda vida.
Lírios são líndos, Orquídeas tem seu glamour. Gérberas trazem alegria.. que é trazida também, por pequenas margaridas. Todas as flores são lindas.. Mas as rosas..
Ahhh...
Rosas são sempre rosas. E essas aqui, são pra sempre minhas.

Ps: Não podias ter me dado presente mais perfeito e delicado quanto este. Soube no exato momento em que ví, que teu dedo estava em cada uma daquelas flores. Principalmente naquela. Do fundo do coração, te agradeço. Alegraste ainda mais o meu natal. Obrigada. ;)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Não diga mais nada..



Pára com isso.. Não fala mais nada. Meus ouvidos já estão cansados de escutar sempre a mesma coisa. Sim, é tudo muito lindo, e eu gostaria muito de ouvir todos os dias da minha vida... se fosse verdade. Não sou eu, o objeto a quem esse sujeito se dirige.. Queria ser, mas não sou. Quando falas assim, despertas em mim, o desejo de ser mais do que sou. De ser a outra, aquela à quem teu peito clama em desespero. Assim, crias uma linda ilusão, num coração que foi tantas vezes machucado, e espera sentado, um amor como o seu.. Mas que seja somente dele. Desilusão. Sei que no teu ideal, gostarias de me amar dessa maneira. Afinal, "a nora que mamãe pediu a Deus" não é um papel tão difícil de se executar.. Mas, já não é de hoje que não mandamos no nosso coração. E por mais irracional que possa parecer, quase sempre amamos aquilo que não podemos ter.. e não aquilo que queríamos querer... E enquanto esse lindo amor, nos teus lábios cantados, não for verdadeiramente meu por completo, nos teus pensamentos e sentimentos, não me diga mais nem meia palavra.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Perdão, Manuela.



Manuela..
Quisera eu que a vida fosse tão simples quanto eu a vivo. Ou tento viver. Quisera eu que todos fossem sorrisos, e que nos peitos dos apaixonados, sempre houvesse um abrigo. Quisera eu nenhum bolo solasse, nenhuma lasanha queimasse.. e que desilusão não fosse verdade.
Quisera eu dominar a emoção com a razão, e simplesmente "fazer ser e acontecer" o que tanto quis..
De uma maneira tão mágica entraste na minha vida, esclareceste as minhas dúvidas.. Com paciência conquistaste a minha confiança, e me fizeste entender o que penso e quem sou. Me fazes sorrir quando a única coisa que quero é chorar. Me fazes feliz a todo e qualquer momento.. e sei que estás sempre pronta a estar comigo, ainda que sentados, sem se fazer nada.
Com tranquilidade e habilidade soubeste desatar nó a nó, as máscaras que me prendiam, e aprendi contigo o real significado de viver em liberdade.
És meu ídolo de inteligência. De sabedoria.. E serias até um dos seres humanos que eu mais admiraria, se fosses humana. Mas já te disse que não és.
Não posso negar que o que sinto por ti é mais do que especial. Já te disse. É amor. E é pra sempre.. Mas o amor que por ti sinto, por mais força que a razão faça, não é emoção suficiente para equivaler e retribuir o que sentes por mim..
Não sei bem o que sentir agora. É uma mistura de Honra.. por ser objeto de tal sentimento, de uma das pessoas que mais admiro nesta Terra. Indigno, por não encontrar em mim, subsídio suficiente para motivar tão nobre sentimento. E culpado, por não conseguir retribuí-lo, como merece uma mulher.
Não sei também como agir. És muito especial para eu simplesmente correr e fugir, como sempre fiz. Esperar a poeira baixar, os sentimentos dormirem.. e depois quem sabe voltar a te encontrar. Não, definitivamente não é isso que quero. Mas como já te disse tantas outras vezes.. tua felicidade é o motivo da minha. E preciso te ver bem..
Já não sei mais se bem ou mal te faço.. Por isso não sei onde devo ficar. De todas as mulheres, foste a que eu tive mais cuidado, para não criar falsas ilusões.. e peço-te perdão se em algum momento falhei.. Brincar com teus sentimentos para satisfazer meu ego, jamais foi plano meu.
Sei que nenhuma outra mulher me fará mais feliz no mundo, quanto tu me fazes.. mas em mim nasce agonia ao não saber se algum dia poderei retribuir tal sentimento. Quando me perguntas sim ou não, e te respondo com um pobre "não sei"... é porque de toda a minha mente, queria um sim.. mas querer não é fazer acontecer.. e aprendi que comigo "chances" nunca fucionam. Não mereces isso.. ainda que o sentimento te vende os olhos, e queiras. Não preciso de provas para saber que podes me fazer feliz.. já me fazes todos os dias..
Mereces toda a felicidade que o mundo pode te dar.. as lasanhas e bolos mais perfeitos.. e desejo de toda a minha alma que encontres o homem que te fará feliz. Nesse momento, me desfaço do meu ego, e admito que não sou nem nunca serei tal homem.
Mas, apesar de tantos defeitos trazer no peito, ao menos um, contigo não cometerei. Iludir-te com meias verdades, pensando que assim menos te magoarei, nunca farei. Coragem não tenho te de dizer fitando-te os olhos. Destroça meu coração saber que de alguma forma fui culpado por te colocar em tal situação... Mas aprendi que "antes uma dura verdade do que uma doce ilusão".
Acredite. É tão, ou mais difícil, a minha situação.. E acredito, que assim como tu, necessito de ar.. De tempo para colocar tudo de volta no lugar. Tuas belíssimas declarações, dignas dos mais nobres livros de poesias.. quebram o chão de qualquer homem.. E é difícil me levantar.
Por não saber mais o que dizer ou fazer, ficarei quieto no meu devido lugar.. e te peço que com toda a sua inteligência, sabedoria, e conhecimento exato de quem e como sou, me digas, mais uma vez, o que devo fazer.. Lembrando sempre de que se for pra entre a tua e a minha felicidade escolher, eu escolho você.

Um beijo,
Henrique Arthur Richelieu.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Wytxitwytxitwyrxit..

wypwys: Wyhyonwyhyonwyhyon... wybxitwybxit.


Hzen Wyqneyzenwym wypxitwydzenwyrfonyon dfonwymyonwygfonwynyonwyr.. Wyvxitwyczen, wynyon wymfonwynwyhyon wycyonwysyon, wycxitwyzfonwynwyhyonwynwydxit wypwyryon wymfonwym.. Kzen yonfonwynwydyon hwylyonwyvyonwynwydxit yonhw wylxitneywycyon! Jzenh wypwyryon wyffonwynyonwylfonwyzyonwyr, wytzenwyrwymfonwynyonwynwydxit dhxit wydfonyon wynyon wymfonwyhyon wycyonwymyon.. wydzenwypxitfonwys wydxitwys wymzenwynfonwynxitwys... Wysyonwyhwyhwyh...

Hzen.. wyqneyzenwym wypxitwydzenwyrfonyon fonwymyonwygfonwynyonwyr.. Wyvxitwyczen, wyonwypwyrzenwynwydzenwynwydxit wyjyonwypxitwynzenwys.. wycxitwydfonwygxitwys zenwyswytwyryonwynwyhxitwys.. wfonwynwydxit hwyon fonwh fonwygwyrzenwyjyon, wycxitwyrwytyonwynwydxit wypyonwylwymfonwytxit, wxitneywyvfonwynwydxit wyhxitwyryonwys wydzen wyszenwyrwymyonxit wydxit wypyonwypyonfon.. wyfyonwylyonwynwydyon wyhxitwyryonwys wycxitwym neywymyon wyjyonwypxitwynzenwyzyon wybxitwybyon, wysxitwyrwyrfonwydzenwynwytzen, wycxitwym wymyonwynfonyon wydzen wxitwyrwygyonwynfonwyzyonwycyonxit, wzenh zenwyswytfonwylyonwyswytyon wynyonwys wyhxitwyryonwys wyvyonwygyonwys.. wyrwys.

wyszenney wybxitwybxit.. wyjyon xitneywyvfonney wyfyonwylyonwyr wydzen wydzenwyswytfonwynxit? wybxitwym.. zenney wynyonxit yonwycwyrzenwydfonwytxit wynfonwyswysxit.. Wmyonwys... zenwyryon wypwyryon wyszenwyr yonwyswysfonwym. Wynzenwym wyfyonwys wymneywytxit wytzenwymwypxit, wymyonwys wyvxitwyczen wyjyon zenh wyfneywynwydyonwymzenwynwytyonwyl.. Wytzen yonwymxit, wybxitwytxit! whzen zenwyh wypwyryon wyszenwymwypwyrzen.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cartas aos meus queridos - 1.









Quase não me lembro mais..
Tanto tempo faz..
E ainda te vejo nos meus olhos de criança apaixonada,
Correndo pelos corredores de uma escola qualquer..
Buscando nas esquinas e cantinas..
Um alguém que ou bem, ou mal me quer.

Ainda ouço no ar o som perdido..
Do tempo que cantamos juntos..
As palavras numa melodia qualquer.
Teus cabelos compridos caídos ao rosto,
acompanhado de um sorriso bobo,
sempre provocando o meu.

Ainda lembro dos seus olhos assustados,
e do meu coração quase parado,
No beijinho que eu te roubei.
Ainda vejo professores empolgados,
gritando por todos os lados,
a confirmação do que, há muito, desconfiavam..

Foste um lindo sonho..
Uma doce memória..
Uma parte da minha história..
que não me permito esquecer.
Afinal, meus primeiros versos, você me fez escrever.

Guardo ainda no peito,
as lágrimas que chorei por te querer..
E no fundo, todos os reggaes e bossas,
ainda me trazem você.

"Por que me fazes tantas perguntas?
Se olhasse no fundo dos meus olhos..
Então irias saber..
Que por mais que eu morra negando..
O único que eu amo é você."

E se nada hoje ainda existe,
é porque talvez não fosse pra acontecer.
Quem sabe foste apenas um anjo,
e me viu e fez crescer..
Dentro do peito o sentimento mais puro,
que um ser humano pode ter.

Te vejo agora como uma eterna saudade..
Um "que" de vontade..
De um sentimento que não tem idade,
Nem prazo de validade..
pra desaparecer.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

No peito, hoje.. Saudades.



Saudades de um tempo muito bom. Onde tudo era novidade. Onde os sentimentos eram puros, inocentes. Cada descoberta, um pico de adrenalina. Aquele misto de prazer e agonia, medo e curiosidade.. Tempo de promessas de amor eterno, vida a dois, felizes para sempre.. enquanto durasse..
Tempo também de muitas lágrimas.. de desespero. Tempo de sentir o chão se abrir e a Terra te engolir ainda vivo. Tempo de insônia, de saudade. Tempo de se perguntar.. e se? E se? E se? Tempo de imaginar o futuro, de se prender ao passado.. Tempo de crescer e entender que o mundo não é assim tão cor de rosa.. e que amores eternos acabam, e outros impossíveis se tornam reais. Tudo na vida tem seu tempo.. e hoje o tempo é de amadurecer, sair dos ares e fincar os pés no chão..

domingo, 7 de novembro de 2010

Coração..



Qual é o coração que não filosofa sozinho? Não chora quietinho.. Um amor que já não tem?
Qual é o coração que não sonha? Ainda que ferido.. no seu peito ainda clama.. procurando cura em outro alguém? Coração cansado, sobrecarregado, que não entendeu ao certo que não é esperto viver sem um alguém.. Coração teimoso, esperançoso, atrapalhado, que insiste em escolher errado e não se explica à ninguém. Coração de rimas pobres, mas de sentimentos nobres..
Amor sincero..Que procura ainda em versos..
Encontrar quem lhe faz bem.


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Meu coração automático..



Não consigo entender. Aonde foi que tudo mudou? Quando realmente começou? Em que página do livro da vida eu me perdi? Tudo era tão simples, tão claro. Tão sonhador e mesmo assim, tão real. Era tão fácil acreditar nas pessoas, no amor, nos amigos. Hoje tudo é tão diferente.. Já não me sobra tempo para meus queridos, para mim, para meus pais. Quem me roubou o tempo? Quem me roubou de mim? Pareço ser escrava de um corpo controlado. Ligado ao piloto automático que eu mesma programei. Meu dia é tão cheio de aulas, compromissos e pessoas. Já não sei mais o que é estar sozinha. Apenas percebo claramente que não é a ausência de pessoas que me traz a solidão. Hoje me sinto só em meio a uma enorme multidão. Perdida num mar de idéias, de conceitos ultrapassados que ainda me cercam. Amedrontada por meus antigos traumas.. Abandonada por minhas emoções.. guiada única e exclusivamente pela razão..
Já não sei viver sem rotina, sem agenda, sem o medo de perder compromissos marcados. Já não sei o que é curtir o tempo sem se quer se fazer nada. Perdi o encanto por coisas simples da vida. Já não tenho tempo de ver o sol nascer e se por.. e de noite, até meus sonhos tentam fugir de mim. Pareço colecionar dias.. todos iguais. Em algum lugar se trancafiaram os meus ideais.. e já quase não posso mais encontrá-los. Como fui deixar isso tudo acontecer? Nem meu espelho me reconhece mais. Aonde foram todos os meus amigos? Por que choram meus pais? Quão estranho me é meu próprio irmão! Que alternativa mais "inteligente" trocar meu coração de carne por um cheio de botão. Botões silenciadores, que calaram meu sofrimento, meus medos.. mas também meus sonhos, meu ser, meus sentimentos.. E agora? O que se há de fazer? Onde fica o botão de desligar? Como ao trem que eu decidi subir mandar parar? Onde está a coragem para voltar? Como abrir novamente o peito para receber de volta um coração outrora machucado, que tantas vezes pulsou amargamente.. e ainda hoje sofre as consequências de tamanhos arranhões? Ahh meu rocação automático. Já pulsas em mim tão enferrujado.. Válvulas e dutos não tão bem lubrificados. Teu brilho gelado já não me apraz.. Ainda me falta coragem, mas não te quero mais..


Helena Brandão - 09.02.2009

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Estrelando..



Foi naquela noite, sentada à beira mar... Com os pés beijados pelas ondas e o corpo iluminado à luz da Lua que eu notei pela primeira vez o brilho das estrelas. O céu estava no seu azul mais marinho, e parecia cravejado de brilhantes de todas as cores e tamanhos. Haviam tantas estrelas, que me era impossível contar se quer as que cabiam entre as minhas mãos. Tentei enxergar constelações.. Mas minha imaginação fértil via no céu tudo o que vinha à mente.. e quando estava quase completando as três marias, todas as Marias que eu conheço já haviam me levado a viajar em outros pensamentos.. até uma nova estrela me chamar mais atenção. E a lua, coitada.. Tão brilhante, tão perfeita em suas curvas, e tão sozinha. Que tristeza deve sentir ao ter na imensidão do universo tantas outras como ela, a anos-luz de distância... Observa sozinha, em seu dançar solitário, o canto das estrelas. Conhecida como companheira eterna dos casais enamorados, na sua magnitude, conserva-se a invejar os que na Terra se apaixonam. Recebe o olhar perdido de tantos corações, inspira tantos sonhos... Mas ainda mais inspiração encontro nas estrelas. Como mudam tão depressa sua cor. Estão em constante contração e expansão, num equilíbrio tão tênue.. Em sua simplicidade luminosa, refletem em nós todas as noites, a certeza de que o limite não é o fim. Há quem diga que existem estrelas cadentes. Talvez seja a morte de uma estrela que já brilhou tudo quanto podia. Mas, mesmo nesse momento tão nefasto, ainda promete realizar o desejo daquele que por sorte, captou com os olhos tão raro acontecimento. Em sua queda, ascende as esperanças de um coração sonhador. Há quem acredite que quem na Terra morre, suba ao céu como uma estrela.. Eu não. Estrelas pra mim são, junto com os outros astros, o símbolo da renovação. Guardam em sua memória tantas histórias... Foi sob a luz das estrelas, e não da lua, que descobri o amor. Foi sob seu silêncio, que minha alma tantas vezes gritou em desespero.. E foi sob suas indas e vindas, que eu entendi a lição. Podem desabar os céus em tempestade. Raios ofuscantes podem cortar as núvens negras. O vento pode soprar todas as águas... e nem sempre poderemos vê-las. Mas a certeza de que estarão sempre ali, mesmo que há anos luz.. nos motiva a continuar vivendo. E o mais magnífico de tamanha proeza, é ter a certeza, de que quanto mais escuro for o céu, maior será o brilho de uma estrela.

Post dedicado ao meu amigo Victor, de Udia, pela sua magnífica idéia.. ;)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

ACORDA!!!




É meia noite. As ruas estão vazias. O vento sopra fininho, levitando folhas secas de outono. Os prédios coloridos, com seus grandes anúncios, parecem brilhar mais do que as estrelas. As casas com as luzes apagadas, o carro na garagem. Tudo parece dormir. Mas você não.


Fecha os olhos, e quanto mais força faz para mantê-los assim, menos consegue. Rola no colchão, se enrola e desenrola dos lençois. O travesseiro parece quente. Um suor gelado brota da pele. Taquicardia. Até respirar parece difícil. Você se levanta, caminha pela casa, vazia. Todos dormem, menos você. Abre a geladeira, se afoga em doces, cookies e leite. Mas não adianta. O vazio de dentro não é fome. E você sabe disso. Ainda de pijamas, entra no carro, sem destino certo, e começa a dirigir.


Anda pelas avenidas, dobras as esquinas, à procura daquilo que nenhuma loja pode vender. E nenhum dinheiro pode comprar. Abre as janelas, e respira fundo o orvalho da madrugada. O ar inspirado entra nos pulmões, e parece injetar ao sangue, as mais temidas lembranças... Gelam os veias e as artérias, chegando até ao cérebro.. Dor de cabeça.


Dirigir agora é quase um ato reflexo. Por um segundo, fantasmas do passado te assombram a mente. Aparecem no banco do passageiro, atravessando a rua, ou simplesmente voando por aí.


As lembranças doem. Você acelera, pisa fundo.. tentando matar atropelada cada memória, cada pessoa, cada fantasma. Mas eles não morrem.. Você decide fugir. Como sempre fez. Corre desesperadamente, em direção a qualquer lugar.. Tudo o que você quer é esquecer, apagar tudo. Se ver livre do que te causa dor.


Então, num súbito suspiro, você acorda. Lençois molhados. Coração palpitante. Escuridão total. Terá sido um sonho? Está você ainda dentro do carro? Vivo?


O tic-tac do relógio se torna ensurdecedor.. mas o medo de se levantar e encarar a vida é aterrorizador.. e você prefere se reduzir ao estado deplorável que está.


Os fantasmas do passado ainda te prendem e sugam de você os minutos preciosos de vida que se esvaem... E você continua deitado. Assistindo de camarote a sua vida passar.. Se escondendo em sua própria covardia. Vivendo a vida medíocre que você mesmo escolheu viver. Sofrendo dores já doídas, abrindo cicatrizes já fechadas. Remechendo aquilo que já estava guardado.. Se prendendo em cadeias que você faz questão de construir. Achas mesmo digno de continuar vivendo? O que esperas? Um milagre? Alguém que te acorde, puxe pelo braço e te faça viver? ACORDA!! Lava o rosto, e deixa escorrer pelo ralo da pia todas as mágoas.. Saia da sua redoma de cristal, abra a janela! Ao contrário do que você imaginou, o sol já está brilhando a muito tempo. Só você não percebeu. A escuridão que tanto temes nada mais é do que o tapa-olhos que você mesmo colocou. Há um lindo dia lá fora, esperando por você. Vais mesmo continuar morrendo? A vida é muito preciosa para ser desperdiçada. E um dia você pagará o preço de cada escolha que fizer, ainda que seja não escolher nada. Por isso, pare de se sabotar e VIVA.

sábado, 25 de setembro de 2010

Volatilidade..



Talvez seja isso. Talvez ela fosse um anjo que Deus colocou em minha vida. Com toda a sua intensidade, numa suavidade que só os anjos podem ter. Tão presente, e ao mesmo tempo tão distante. Tão real, e tão inalcançável. Volátil. Mudava de estado tão rápido quanto eu mudava minhas roupas. Turbilhão de idéias, nem sempre conexas. Distribuidora de sorridos e gargalhadas, nem sempre com motivos justificáveis.. Mas seu jeito de menina, misteriosa, e ao mesmo tempo tão mulher, foi o motivo do meu fascínio. A inocência e a malícia juntas em um único ser. A sensualidade ingênua.. Era bela, intensa e volátil. Tudo o que o perigo quer. Talvez nos meus pensamentos terrestres não pudesse entendê-la completamente. Incompatibilidade de naturezas.. Melhor assim. Nada pior do que se apaixonar perdidamente por aquilo que não se pode ter. De repente apareceu na minha vida. De repente mudou meu mundo, e de repente para longe se foi. Um anjo misterioso, uma paixão platônica vivida, e uma doce lembrança pra nunca ser esquecida.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

2.0 TURBO! ;)



De motor 1.0, a 2.0. De medrosa e covarde, passei para Impulsiva e Inconsequente. Quem diria. De racionalidade pura, passei a me chamar emoção. E quebrei algumas vezes o painel. Tive que acionar os airbags, e aprender a usar novamente o cinto de segurança. Dizem que bater uma vez só é normal, e até necessário. Nos tira a ingenuidade, e nos prepara para a estrada. Mas mais do que uma, é burrice. Graças a Deus, aos meus amigos conselheiros, e aos meus neurônios inuitivos que nunca me decepcionam, ainda não me considero burra.. Rs.
Finalmente me sinto em paz comigo.. Terei eu achado o grande e desejado equilíbrio?
Vivi numa cúpula por muitos anos, e a cúpula que me protegia, se encheu de pedras atiradas. Resolvi furar a cúpula para fazer entender aos outros a minha normalidade. Abri meu peito para que mais pedras fossem atiradas. E as pedras cessaram. Mas o costume de encarar a boneca japonesa lacrada em uma muralha protecional transparente por fora e opaca por dentro, fez com que muitos permanecessem na antiga idéia. O vidro deslocou-se do meu redor, e se fixou nos olhos de alguns poucos que ainda me vêem assim.
Aos outros, fiz conhecer minhas qualidades, assumi meus erros, meus defeitos.. Decidi andar com as próprias pernas para desenvolver o próprio cérebro, a minha opnião, as minhas crenças.
Hoje sou o que sou pelas pedras que me jogaram, e pelas que não jogaram também. Hoje sou muito mais eu, e muito menos alguém. De menina frágil e insegura, me trasnfomei mulher.
Ao entrar na segunda década de minha vida, percebo que me sinto mais completa de mim. Sei do meu potencial.. Guardo no bolso alguns poucos e bons amigos, contados nos dedos de uma das mãos de um aleijado. Guardo também a família que carrego no sangue, e os demais que Papai do céu me permitiu conhecer.
Hoje, revejo os meus erros, comemoro meus acertos, e decido continuar andando. Seguindo em frente. Afinal, o tempo não pára. A vida é curta e não permite ensaios. Sendo assim, sigo o meu caminho, agora, na versão 2.0 Turbo, como diz um grande amigo meu. Quem quiser me acompanhar nessa nova jornada, embreagem, engate a primeira, e vamos nessa. Mas prepare-se.. No meu carro, a Quinta está longe de ser a última marcha!

;)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Mônica, a Razão, a Emoção e a Vida.




Mônica..
Desde pequena, tão meiga, doce...e questionadora. Sempre vivendo na corda bamba entre a Razão e a Emoção. Suas duas amigas, inimigas entre sí por natureza. Em seus primeiros 15 anos de vida, a Dona Emoção tinha a sua guarda. Criou e educou Mônica com um coração lindo, branco, puro e inocente. De tão delicado, chegava a se tornar extremamente frágil, volátil.. e foi então que a Senhora Vida resolveu começar um novo capítulo na história de Mônica. Vida sempre foi estrategista. Colocou e tirou muitas pessoas na estrada de Mônica. E Vida foi uma professora um tanto quanto cruel. Rígida, não mediu as lágrimas de Mônica ao ensinar, da maneira mais dolorosa possível, grandes lições. Sempre prezou pela verdade absoluta.. e mostrou à Mônica as consequências de ouvir e seguir tudo o que Emoção mandava. Diante de tamanho choque, Mônica encontrou um novo refúgio. A Senhora Razão. Tudo era muito lógico com ela. Previsível. Não haviam surpresas. Nem boas, nem tristes. Não havia insegurança, angústia, ansiedade. Tudo era perfeitamente calculável, e sempre dava certo. Ou se não, a Razão sempre vinha de braços abertos para presentear Mônica com "acredite-vai-ser-bem-melhor-assim". Desse presente, Mônica já fazia coleção. Mas, no coração de Mônica, Emoção deixou muitas marcas.. Boas, outras bastante ruins. Por mais que Vida falasse.. a lembrança de se sentir leve, como só Emoção sabia fazer.. aumentava a saudade no coração de Mônica. O frio na barriga ao ouvir tantas e tantas outras histórias de outros que resolveram segui-la, acabou afastando Mônica da Razão mais uma vez. E dessa vez, para bem longe. Razão ficou doente, delirando. Entrou em coma e foi parar na UTI, com respiradores por ela, coração bradicárdico e prognóstico sombrio. Emoção, mais viva do que nunca, convenceu Vida a ensinar mais uma grande lição. Vida então manipulou um certo rapaz.. Emoção o conheceu, e o adorou. E, quanto mais a Vida e a Emoção se deixavam levar por ele, mais doente Razão ficava. Seu atestado de óbito estava quase pronto.. Foi quando sofreu uma parada cardíaca. Durante alguns minutos, numa tarde de sábado, Razão literalmente morreu. Mas Vida então entendeu que a Emoção era uma amiga falsa, traiçoeira. E decidiu doar-se novamente à Razão. Foi para a UTI e a reanimou insistentemente. Mônica apenas chorava. Traída pela emoção, e torcendo mais do que nunca pela sobrevida de Razão.
Felizmente, após um choque do bendito desfibrilador Auto-estima, conectado ao "orgulho-próprio", Razão voltou a vida. Forte, exuberante.. Mas carregando no peito as cicatrizes.. e na pele, as marcas que a louca da Emoção a fez. Vida quase se perdera por má influência da Emoção. Assim, check-ups sempre eram necessários. E adivinhem só quem virou médica? A vida. E, para tratar a Razão, a medicava com doses e doses de Sentimento, Loucura, e Surpresa.. Ah, Vida também suspendeu algumas doses de Bom-senso. E Razão então foi controlada. Emoção ainda aparece de vez em quando... Insiste em visitar Mônica, e mais uma vez tentar manipular-lhe a Vida. Mas Vida já foi enganada tantas e tantas vezes.. que prefere permanecer com a Razão, ainda que com suas sequelas. Emoção segue viajante.. A cada viagem, Mônica ainda se sente balançada. Emoção foi sua primeira grande amiga.. No coração, Mônica ainda guarda um grande carinho por ela. As lembranças dos anos de amizade não se apagaram, mesmo com todos os machucados que Emoção lhe fez. E, quando por um minuto, Razão decide se ausentar.. Vida vem calmamente, mostrando que nem sempre valhe a pena arriscar. Então, Mônica fecha a porta e deixa Emoção bater, bater, bater até se cansar. Por mais doloroso que seja, Mônica manda Emoção viajar. Vida finalmente conseguiu ensinar-lhe a grande lição. Emoção pode até um dia voltar. Mas nunca se Razão estiver ausente. Vida é uma grande professora. Ensinou a Mônica o que sozinha ela nunca ia aprender. Emoção apenas, ou apenas Razão, são bombas-relógio prontas para explodir. Emoção explode em pedacinhos, com muito fogo.. E maldito fogo esse, que só se apaga com lágrimas. Já Razão explode aos pouquinhos. Quase que de maneira imperceptível. Quando se nota, não tem mais volta.. Vida, o anjo da guarda de Mônica, não é imortal.. E quem sabe já tenha conseguido ensinar Mônica a equilibrar-se na corda bamba. Talvez não. Isso, só o Senhor Tempo poderá dizer. Mas isso já é outra história...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Como tratar uma mulher...



Admire-a. Sempre. Olhe no fundo dos seus olhos todas as vezes que vocês se olharem. Olhe seu corpo. E se ela ficar sem graça, elogie-a. Diga o quanto ela é linda, o quanto ela te atrai. O quanto você a deseja. Jamais a chame de sexy. Isso é para as "cachorras". Ela é sensual. Beije-a. Muito. Jamais peça. Faça. Puxe-a pelo braço, segure seu pescoço, com firmeza, mas sem machucar. Quem sabe fazer, faz ser gostoso, sem deixar nenhuma marca. Acaricie seu corpo, faça-a arrepiar. Beije-a na mão. Na testa, nas bochechas. Beije-a no pescoço. Simplesmente beije. Pegue-a no colo de surpresa.. Finja que vai jogá-la na piscina. Ela vai te bater, tentar sair, gritar.. mas no fundo, vai adorar. A faça sorrir, gargalhar. Sorria das brincadeiras dela. Provoque-a.. mas deixe que ela o provoque também. Deixe que ela vista as suas camisas.. e ande de meia pela casa. Quando ela estiver de cabelos presos, solte. Jogue-a na cama, com cuidado, claro. Tenha paciência, e faça-a aproveitar cada detalhe. Abrace-a forte, mas beije-a devagar. De vez em quando, use velas, chocolates e flores. Sempre use flores. Segure a sua mão quando estiverem caminhando, quando estiver dirigindo.. apenas segure a sua mão. Sussurre ao seu ouvido o quanto você a ama. Mas só diga que ama, se este realmente for o seu sentir. Converse com os pais dela. Conquiste os avós. Brinque com o irmãozinho caçula. Pegue-o no colo. Conquiste também a melhor amiga. Acredite, fará toda a diferença. Fale sempre a verdade, mas omita o que não precisa ser dito. Surpreenda-a. Faça coisas inesquecíveis em momentos comuns. Declare públicamente o seu sentimento por ela. Ela vai morrer de vergonha, mas por dentro, vai adorar. Invente briguinhas. Implique até ela ficar com raiva. Aí então, faça-a parar de falar com um beijo de tirar o fôlego. E quando você tiver a certeza de que é ela.. faça-a saber. Seja o que for, dure o quanto durar. Ah, e o mais importante. Nunca se esqueça: Você não precisa se fazer de durão sempre. Deixe-a pensar que manda. E você, finja que a obedece. ;)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A vida: War com ampulheta..

Como no War, sempre temos objetivos e traçamos nossas metas.
Avaliamos o mundo ao redor, e então decidimos por onde começar.
Mas nem sempre as estratégias dão certo.. As vezes um simples erro, um ataque precipitado.. Pode fazer você perder a guerra.
Ou então, inesperadamente, com apenas 4 territórios, você se fortalece, os dados conspiram a seu favor.. e você vira o jogo. Basta apenas um pouco de paciência...
Agir pela emoção, quase nunca é uma boa idéia. Por outro lado, a razão é traiçoeira.. afinal, assim como no jogo, na vida nem tudo está sob nosso controle. Os dados simbolizam o nosso destino.
Nem sempre giram da maneira que gostaríamos.. Há alguns que os tentam manipular.. Mas quando 1 ou 2 decidem aparecer.. não adianta. Eles aparecem.
Como no jogo, há alguns que tentam trapacear.. E as vezes, eles realmente se dão bem. Mas já dizia um grande pensador.." A grandeza não está em receber honras, mas em merecê-las". Por mais que niguém descubra a trapaça, no fundo, a vitória não valerá nada.. e o final nunca é feliz.
Assim como nos jogos, nem sempre há apenas um vencedor. Todos os participantes podem vencer. Alguns apenas demoram um pouco mais. É necessário muita sabedoria, para saber em quem você pode confiar, fazer alianças.. e quem se aproxima de você apenas para sugar suas energias, te direcionar ao erro, e te fazer perder.
É preciso ter equilíbrio.. para saber até quando insistir em uma jogada, e quando é hora de pegar a sua carta e parar. Saber quando atacar, e quando defender.
A vida, assim como o jogo, termina. E nem sempre dá pra saber quando isso vai acontecer. As cartas que mais tememos aparecem.. Os 3 dados vermelhos giram em três senas.. Enquanto os nossos dados amarelos marcam apenas 3 bagos. A ampulheta termina. Grão por grão de areia se esvai..
Por isso, não disperdiçar tempo é o segredo. Não se preocupe em aprender a manipular os dados, ou escolher as cartas. Nem se preocupe demais com os seus oponentes. Se fortaleça, faça verdadeiros aliados.. Arrisque, mas sempre tenha um plano B. E se esse falhar, deixe-se traçar um novo plano no meio da jogada. Você vai descobrir que viver/jogar assim é muito mais emocionante. E se você falhar.. nunca desista. Na próxima rodada, pode ser você! Mas lembre-se.. A ampulheta nunca vai esperar você jogar.. A grande sacada tanto na vida quanto nos jogos é sempre lançar os dados.. Não deixar que alguém os jogue por você. E o segredo dos dados é jogar com vontade.. E não simplesmente deixá-los cair.

domingo, 1 de agosto de 2010

Ele..



Um beijo.. Um sorriso.
Um abraço, um carinho.
Altas conversas.. ou só o silêncio.
Um olhar.. outro beijo.
Jogar até de madrugada.. ou dormir agarradinho.
Sonhar acordado.. Viver a realidade.
Uma grande distância.. Uma enorme saudade.
Um simples alguém.. A pura felicidade..
Ah sim.. Ele é tudo que faz bem ao coração!

x)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Aqueles olhos...



"Os olhos.. aqueles olhos. O que haveria de tão misterioso em um simples par de olhos castanhos? Ahh eu não sei. Só sei que o sol refletia mais bonito através daquele olhar. Os cílios abundantes e curvados, como se estivessem à margem de um mar profundo que me chamou a navegar. Navegar nos castanhos médios.. para dentro daquela alma, e ao mesmo tempo, ser invadida pelas correntes de água que daqueles olhos saíam. Sentir o corpo arrepiar num simples piscar. Cada célula gritando por um pouco mais de tato, um pouco mais de olfato, de visão e audição. Tudo era milimétricamente calculado e lindo.. mas aqueles olhos... Aqueles olhos castanhos.. Que não saem dos meus, ainda que estes estejam fechados. No interior das minhas pálpebras se pintaram e não sei mais como fugir. Talvez porque no fundo não queira. Ou talvez porque naqueles olhos.. eu me queira demais."

x)

Uberlândia - Até o fim..


O dicionário se faz tão insuficiente para descrever tamanha felicidade.. Traz palavras que na sua insignificância, não chegam nem perto do que envolve meu coração agora. Há algum tempo não me sentia assim: Verdadeiramente feliz. Feliz de uma felicidade completa. Sem conceitos, sem preconceitos.. sem regras, sem limites.. mas infelizmente com tempo para acabar. Ou não.
A vida é uma criança sapeca.. que coloca e tira de nossos caminhos, destinos de quem um dia conhecemos ou vamos conhecer. São tantas pessoas que vão e que vem.. algumas passam décadas ao nosso lado, e nem percebemos. Outras, entram em uma semana e já deixam na pele a marca da eternidade.
Meu coração se divide agora, entre a felicidade de ter encontrado aqueles que hoje são responsáveis pelos meus mais sinceros sorrisos, e a tristeza de sabe que terei que deixá-los.. Pelo menos físicamente.. e por algum tempo...
Mas, o que é o tempo, se não algo extremamente passageiro, que daqui a pouco envelhece e traz de volta aquilo que no passado tirou? E nessa filosofia, sigo confiante de que o que cativei ficará dentro de mim pra sempre. Amigos, não do verbo "toda-hora" mas sim "até-o-fim". Ganhei uma nova família.. e bem grande!! Vózinha, vôzinho.. Tios, tias, primos.. Bernard, Aline, Tiago, Victor, Wanessa, Jr... vocês já moram no meu coraçãozinho.. que mal pode esperar o dia de vê-los novamente. Quero entrar de mãos dadas com vocês no céu.
Saibam que vcs fizeram a diferença na vida dessa japonesinha aqui.
Um beijo cheio de saudade..
Sayuri.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

E quem tem medo da morte?



Morte? O que é a morte? Técnicamente, morte é a cessação irreversível de todas as funções do corpo, manifestada pela ausência da respiração espontânea e perda total das funções cardiovascular e cerebral. Mas.. Há diversos tipos de morte. Morte provocada por outros, morte auto-provocada, morte por acidentes, ou a famosa morte "morrida".. Há também mortes súbitas.. e outras que demoram para finalmente acontecer. Muitas pessoas têm medo da morte. Mas, assim como tão incerta a vida é, certa é a morte para todos. Eu não tenho medo da morte. Tirando os aspectos religiosos sobre a morte, nos quais eu acredito, eu realmente não tenho medo de morrer. Não, se eu puder ter me despedido de todos quanto amo. Não, se a minha consciência estiver tranquila de que vivi dignamente. Não, se quando eu morrer, morrer completamente. Morrer de órgãos, corpo, espírito e alma. Quero doar meus órgãos, se puderem ser aproveitados.. para que outros possam viver um pouco mais do tempo que eu não tive. E o que sobrar de mim, quero que transformem em cinzas e joguem no mar. Meu medo não é morrer se tudo em mim parar de funcionar. Meu medo, é viver como quem morreu. Ser capaz físicamente, e não usufruir todas as experiências emocionantes que a vida pode trazer. Porque há muitas mortes súbitas.. mas a pior morte, é aquela que acontece durante o tempo de uma vida inteira. Você sente seus músculos contraírem? Sente seu coração bater? Sente o sangue correr nos seus vasos? Consegue enxer o peito de ar? Então mova-se, e aproveite ao máximo a vida que Deus te deu. Com LIBERDADE, RESPONSABILIDADE e DIGNIDADE. Não tenha medo de se arriscar e errar de vez em quando. Isso é viver a vida. Não tenha medo de morrer. Tenha medo de desperdiçar a vida. Viva!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Filosofando.. Vem!



Existe realmente o amor verdadeiro, cheio de paixão, ambíguo e eterno? Ou sempre uma das partes entra com o amor, e a outra com a necessidade? Será que eu sou a única "boba" ao querer encontrar "o cara" que vai me amar tanto quanto eu o amo.. e ao mesmo tempo, durante todo o tempo que vivermos? Se sim, vou continuar na minha busca solitária. Porque se eu tivesse que escolher, entre amar "um pouquinho menos", ou ser a parte que "ama mais", sinceramente não saberia o que fazer. O que seria melhor? Se contentar com um amor incompleto, ou nunca ter o prazer de amar inteiramente? Ahh.. Eu ainda acredito no amor. Aquele, cheio de paixão, ambíguo e eterno.. pelo menos enquanto dure. E tomara que um dia eu encontre um, que dure a vida toda.

Crédito da imagem: Antônio R. Costa & Evelyn.. Um dos meus amigos + apaixonados!

domingo, 13 de junho de 2010

Nasceu!




"E naquele misto de ansiedade e curiosidade, dois corpos adultos, cheios de vida e da capacidade de fazê-la.. Brincando como duas crianças numa cama que não necessariamente era coberta por lençóis. Na grama verdinha e lisa, com céu como teto, cravado de estrelas invejosas.. sentiram o prazer que astro algum poderá sentir. E algum tempo depois, o símbolo eterno daquela noite, viria ao mundo. A materialização de um amor profundo, traduzido num simples chorar."

Seja bem vindo ao mundo, Bernardinho! Aqui você passará por diversas experiências.. Boas e ruins! Mas conta com a titia p/ tudo o que vc precisar.. Com a vida, você vai aprender que quem tem sentimentos se machuca muito... Comigo, você vai aprender, que se machucar, as vezes vale muito a pena! Bem vindo ao mundo, querido! Bem vindo a vida! ;)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Ao infinito, e além!



Algumas vezes, precisamos apenas aceitar que..
Aquela mensagem nunca vai chegar. Nem aquela ligação.
Alguns "pra sempres" não serão realmente pra sempre.
As boas lembranças nunca vão embora.
Mas lembranças ruins podem ser esquecidas, se você simplesmente deixá-las ir.
Alguns sentimentos nunca desaparecem. Apenas se escondem em algum lugar na sua mente.
O coração não é nosso escravo. Nós é que somos dele. E isso não é ruim!
Nem sempre a culpa é nossa..
Fazer todo o possível nem sempre é suficiente..
O tempo não espera a nossa indecisão.
O mundo continua girando, e não se importa com os nossos sentimentos.. As vezes nem nossos amigos.
A vida é muito curta pra ficar chorando, e desistir dos nossos sonhos. Muitas lágrimas repelem de nós a felicidade..
Mas, a vida é suficientemente longa para recomeçar e protagonizar uma história fascinante.


Então, páre de ficar se lamentando, se a sua vida não é tão perfeita quanto você sonhou. Quem enganou você dizendo que seria fácil? Tudo será como sempre foi se você continuar fazendo o que sempre fez. E no dia que você morrer, não adianta. A culpa do seu fracasso será inteiramente sua. Levante-se, aceite o que precisa ser aceito, seja forte e deixe um legado. Você dita suas regras. Você estabelece seu preço. Você faz o seu futuro e escreve a sua história. Seja uma lenda, e faça seu coração durar para sempre!

terça-feira, 18 de maio de 2010

Viver!



A vida é muito curta para sentir medo.. assim como arrependimento. Cada escolha, uma renúncia.. e a incerteza que o futuro traz é o que nos desafia a continuar vivendo. Sonhe menos, viva mais. Pense, repense.. Mas se permita agir sem pensar de vez em quando. É quando as situações mais marcantes acontecem. E se algumas vezes você quebrar a cara, e quiser jogar tudo pro alto, não desista. Você ainda tem a vida inteira te esperando! E lá na frente, você entende que quanto maiores as cicatrizes, maiores foram as emoções, as aventuras.. A dor, sempre passa. As vezes demora, mas sempre passa. Mas a sensação da liberdade que só quem se arrisca sente, isso não passa nunca! E nunca se esqueça.. Quanto mais alto, e mais difícil chegar até o topo da montanha, mais linda e recompensadora será a vista. E se a vida é passageira, a lembrança do friozinho na barriga é inesquecível! Porque há muita gente que se contenta em viver rastejando.. Mas eu? Bem.. Eu adoro voar! E se para aprender são necessárias algumas quedas, o resultado certamente faz cada uma delas, valer a pena!

sábado, 15 de maio de 2010

Piano, meu velho piano..


Aos três anos de idade, ganhei meu primeiro instrumento musical. Uma flauta doce de plástico. Aos 4, entrei na escolinha, e aprendi a musicalização. Aos 5, comecei a tocar o "bife" no piano. Aos 8, comecei a me apresentar profissionalmente. Aos 15, comecei a minha primeira turnê nacional. Aos 18, a internacional. Aos 20, ganhei minha primeira tendinite. Me afastei do piano durante 3 meses. Aos 25, ganhei um dos maiores prêmios da música clássica. Aos 30, desenvolvi a síndrome do túneo do carpo na mão direita.Operei. Me afastei do piano por longos 8 meses. Aos 32, um tumor malígno na mão esquerda. Operei. A quimioterapia e a radioterapia me mantiveram longe do meu piano durante quase um ano. A dificuldades dos movimentos me fizeram reaprender a tocar, desde o início, com as devidas adaptações. Apenas 6 dedos ainda se moviam. Aos 40 anos, num acidente de carro, o vidro dianteiro cortou os tendões dos meus 3 dedos funcionantes da mão esquerda. Perdi completamente o movimento dela. Hoje sou velho.. e comigo ainda está meu velho piano. Sim.. o mesmo que eu ganhei aos 5 anos de idade. Guarda consigo tantas marcas, segredos, suor e lágrimas.. Seu som rouco pela idade ainda faz vibrar a minha alma. Mesmo velho, ele parece não se importar de ser tocado de maneira tão simples, por apenas três dedos. Viveu comigo a vida inteira, e aceita com carinho as minhas limitações. Hoje, aos 89 anos, me restam também esses três dedos, inúmeras partituras, e uma sala cheia de muitos prêmios. Mas se sou realmente merecedor de algo, peço a Deus, que tenha de mim, misericórdia.. E me permita descansar após concluir meu último feito. Um concerto, no Teatro da Paz. Ao findar minha regência, peço a Ele que de maneira "legata", junto com o final da música, retarde o meu coração bem devagar.. Que permita que antes de me deitar ao chão do palco, possa ainda me enrolar na minha idolatrada bandeira verde e amarela. E assim, junto com o apagar das luzes, fechem-se os meus olhos ao som da "Aquarela Brasileira". Brasil, meu Brasil brasileiro.. E no meu enterro, peço a todos que por favor não chorem. Permitam apenas que Ele chore uma última vez por mim. Meu piano, meu velho piano.. que tanto me sentiu chorar. Sim, peço que meu neto toque o Hino nacional, e depois, Brasileirinho! E se de mim não se poderá ouvir mais música, que mantenham viva a alma desse meu velho adorado. E quando finalmente eu for esquecido, que nunca se esqueçam do meu velho e querido, meu eterno amigo, meu piano apaixonado.

sábado, 8 de maio de 2010

Mãe



Todas as mulheres são mães.
Nascem, e logo nos primeiros anos da vida, são mães de suas bonecas. Alimentam, nanam, embalam, cuidam..
Crescem, e se tornam mãe de suas amigas e até de alguns amigos. Consolam, acariciam, ouvem, aconselham..
Depois, viram mães de seus namorados. Cuidam, lembram, brigam, abraçam.
Quando casam, viram literalmente mães de seus maridos. Cozinham, passam, lavam.. (infeliz sociedade machista).
E então, algumas possuem o privilégio de se tornar mães de seus filhos. E que fique claro. Apenas algumas. E isso não se refere ao fato de algumas serem fisiológicamente incapazes de gerar um ser, e sim ao fato de ser mãe no sentido mais abrangente da palavra.
E, por fim, lá na frente, algumas mães se tornam mães de suas próprias mães.. pais.. que quando envelhecem, voltam a se comportar como crianças.. Sustentam, alimentam, banham, vestem...
Mas mãe..
Mãe é aquela que está sempre presente, ainda que do seu lado, sem dizer uma palavra se quer, ou mesmo distante...
Mãe é aquela que cuida com todo o coração. Que compra a briga e defende com a vida seus filhotes se assim, preciso for.
Mãe é aquela que compartilha não somente ordens, mas conselhos, experiências de vida. Que indicam o caminho a seguir, e não forçam pura e simplesmente.
Mãe é aquela que quando fazemos tolices, puxam nossas orelhas... E quando chegamos com lágrimas, nos devolvem abraços, beijos e carinhos.
Superprotetoras por natureza, se importam mais com os problemas (as vezes imaginários) dos filhos, do que com os seus próprios. Dão pitaco em tudo na nossa vida.. e quando dizem algo, quase sempre têm razão..
Mãe que é mãe, sabe quando tem que ouvir, e quando precisa falar. Ainda que nem sempre façam isso..
Eu amo minha mãe com todo o meu ser.. E hoje dedico o post a ela. Mãezinha linda.. Obrigada por tudo o que a sra fez e faz por mim. A sra me educou, e fez quem eu sou, em todos os sentidos. Obrigada pela paciência, pelo carinho, e cuidado. Obrigada por nunca me deixar desamparada, mesmo sem concordar com todas as minhas atitudes. Obrigada por ter gerado a minha vida, e ter construído a custo de muitos sorrisos, lágrimas, suor e sangue.. Te amo demais. Feliz dia das mães!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Amor em sinfonia..


No pentagrama da minha vida, segue sem parar uma grande sinfonia.
Ora em ritmos clássicos, hora, em síncopes e tercinas.
Se em alguns momentos semi-breves ou até as famigeradas breves se fazem presentes em longos compassos, em outros, semi-fusas lutam e se aglomeram, disputando espaços em compassos curtos.
Na maioria das vezes, clave de sol, e clave de fá se complementam. Tocam juntas a dissonância dos meus dias quando estou só, e a doce harmonia que só existe quando estou contigo.
E, se teus olhos se fixam à minha composição, surgem pausas longas, compasso após compasso. As notas musicais parecem não ter pressa alguma em tocar. Se demoram em longas fermatas, originando o suspense mais angustiante e apaziguador que pode existir. A plena certeza de que o final está distante, motiva novas notas a se arriscarem em novos andamentos, dançando nos espaços e nas linhas, desenhando movimentos jamais tocados..
Dias de chorinhos, noites de valsas. Manhãs de alegrettos, tardes de bossa-nova. Primavera, outono, inverno e verão. Não importa a estação. De Vivaldi a Bach. De Mozart a Beethoven. A cada dia, uma nova composição. E, se longe de ti minha melodia entristece e pausas aparecem, quando estás comigo, sorrisos brotam em colcheias, mínimas e semínimas. A felicidade é tanta, que apenas duas claves não conseguem suportar. Surge uma clave de dó, e outras claves de sol, e até claves de fá. E se bemóis insistem em aparecer nas minhas escalas, os sustenidos da tua anulam qualquer acidente.. Sempre tens uma relativa para cada primitiva minha, e com as inversões dos acordes antigos, nossas possibilidades sempre ampliam.. E assim as claves se encaixam, como num lindo concerto tocado à 4 mãos, onde notas diferentes não se conflitam.. Apenas se completam engrandecendo a harmonia. Se em um dia toco fortíssimo, tu me acalmas com um leve pianíssimo. Se um dia estou staccato, teus braços me tornam legato. E se um momento foi bom demais, escrevemos retornelos e retornelos, até o tornar-mos inesquecível. Nada é demasiado grande ou finito quando estou contigo. Juntos, minha música somada a tua, levam ao compasso do infinito.

domingo, 18 de abril de 2010

Saudade de vc...


Que me perdoem os (ir)racionais..
E que me apóiem todos os apaixonados da terra..
Mas eu não sei mais o que é acordar sem um sorriso rasgando as bochechas..
Não sei como aguento passar tanto tempo longe de ti,
Ainda que todo esse tempo sejam uns poucos dias.
Quando te vais para longe de mim,
Me sinto absurdamente só.
Estás tão presente nos meus pensamentos, e marcado tão fundo no meu coração..
Te tornaste tão fundamental na minha vida,
que quando te afastas, me sinto inteiramente vazia.
A cada noite que termina, penso não caber mais no meu coração, tanta felicidade.
E a cada dia que inicia, você O faz crescer um pouco mais.
Nada é tão ruim, quando você está do meu lado.
E nada é tão bom, se estás longe de mim.
Que me perdoem os solitários,
Mas já não sei mais o que é viver sem ter você.
Que me perdoem os ambiciosos,
mas a minha maior ambição é te querer.
E te querer, não somente para hoje.. mas querer viver com você, num momento chamado SEMPRE.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Tempestade em banhos de chuva..



O que pode ser bom em um banho de chuva?
Sentir as gotas grossas e geladas, quase cortando a pele?
Não poder abrir os olhos, e enxergar tudo meio embaçado?
Não conseguir falar direito por causa da mandíbula tremendo?
Ter pés imundos de lama, e a roupa completamente molhada?

O que pode ser bom em um banho de chuva?
As ruas se fazem rios, o trânsito pára.
Ninguém sai de casa..
e quem sai, corre o risco de adquirir uma gripe poderosa.
O churrasco do domingo, perde o sabor.

Mas sabe o que pode ser bom em um banho de chuva?
Sentir as gotas geladas tocando a pele, quando o sangue está fervendo..
Não poder abrir os olhos, e ter que chegar bem pertinho dele para enxergar..
Não conseguir falar direito, não pelo tremor.. mas pela mais pura felicidade..
Ter os pés sujos de lama, a roupa completamente molhada, e simplesmente não se importar..

Sabe o que realmente tem de bom em um banho de chuva?
As ruas viram rios, e o trânsito anda bem devagarzinho..
Ninguém sai de casa..
E o churrasco de domingo, vira cena de filme romântico..

Sabe o que deixa bom, um banho de chuva?
Quem está do seu lado pra compartilhar cada uma dessas situações..

Que te empresta os próprios braços, pra te esquentar..
E uma toalha seca pra te enxugar..
Que no trânsito lento, dirige ainda mais devagar..
Pra prolongar aquele momento bom..
Que não precisa te levar pra passear pra fazer um dia perfeito.
Faz um dia ainda melhor, mesmo dentro de casa.

Sabe o que faz a diferença entre um banho de chuva, e uma tempestade?
Quem está do seu lado, te fazendo sorrir, não somente por fora, mas principalmente por dentro...
Esquecendo completamente o que acontece do outro lado da janela..
Ainda que essa janela seja o lado de fora da alma..

;)

Texto criado em homenagem ao meu primeiro banho de chuva!!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Um amor cachorro..



Hoje eu descobri que quero um amor cachorro. Sim, porque de amores gatos, o mundo já está cheio. Gatos são auto-suficientes. Sempre - ou quase sempre - querem algo em troca. Gatos, só vêm quando precisam de algo seu. São carinhosos, deitam no seu colo.. e assim que recebem o que querem, levantam o rabinho e partem para a vida solitária.

Hoje descobri que procuro um amor cachorro, e não papagaio. O mundo, a tv, e os vizinhos já falam demais. Hoje eu entendi que as vezes é necessário se manter em silêncio. E palavras faladas demais, perdem o valor e o sentido. Entendi que de nada adianta o falar da boca, se no fundo do peito, o coração continuar vazio.

Hoje eu percebi que quero um amor cachorro, e não um amor galo. (p/ não dizer "galinha"). Afinal, do que adianta um amor pomposo, cheio de poses e aparências, se tudo o que ele faz, é desfilar no galinheiro, 'pegando' todas as galinhas? O amor galo precisa perceber que mais difícil do que conquistar o mundo (galinheiro), é conquistar a sí próprio, e manter conquistado um único outro alguém, durante a vida inteira.

Hoje, eu percebi que não quero um amor pingüim.. Amor pingüim é eterno, perfeito demais.. Tão imaginário, que acaba se tornando irreal. O amor de pingüim é do tipo platônico, e eu, quero um amor bastante real.. Com tudo o que tiver direito, inclusive defeitos, lágrimas, erros, qualidades, sorrisos e perdão..

Hoje eu descobri que preciso de um amor cachorro. Daqueles, tipo pastor alemão, sabe? Companheiro fiel pra vida toda. Que pule comigo, comemorando cada vitória alcançada.. mas que também seja perspicaz o suficiente para perceber a minha tristeza.. E quando assim estiver, chegue de mansinho ao meu lado, deite no meu colo, e com o olhar puro e sereno que só os cachorros conseguem ter, me prometa num silêncio profundo que vai ficar tudo bem.

O meu medo agora, é descobrir que preciso mesmo, é de um cachorro de verdade...

domingo, 21 de março de 2010

Surpresas, promessas e lembranças.



É incrível como o tempo passa, as feridas cicatrizam, mas nunca deixam de ser lembradas.
Ainda que percam a sensibilidade, se tornando ao menos, não dolorosas, marcam a carne profundamente, mostrando a todos que algo intenso, as vezes conhecido apenas pelo portador de tal arte sombria, foi sofrido.
É incrível como assim como o corpo, a mente jamais esquece certos momentos, situações, palavras, atos, cores, cheiros, texturas.. promessas... Feitas num instante, e que num outro, pouco mais a frente, se tornam tão absurdas, quanto impossíveis.
É incrível que ainda assim, um neurônio voluntáriamente por nós atrofiado, insista em dar sinal de vida, emitindo uma sinapse que logo faz o cérebro e o corpo inteiro conectarem-se ao sistema límbico, e relembrar em frações de segundos, ANOS.
É incrível descobrir a capacidade que temos de lembrar os mínimos detalhes, que nem mesmo tínhamos percebido outrora a dimensão de suas importâncias.
Mais incrível ainda é, mesmo relembrando memórias ruins, que fazem o coração sentir a mesma dor que sentiu a tanto tempo, conseguir sobrepor à mente, memórias boas, fazendo repousar em paz, um difunto ainda vivo, que por nossa própria vontade, decidimos enterrar.
E assim, segue a vida, cada um no seu rumo, com suas memórias, seus flashs, e seus destinos. Desligando novamente, mais uma vez, e quantas outras forem preciso, esse neurôniozinho teimoso que insiste em disparar.
E nessa aventura imprevisível, repleta de mudanças imprevisíveis, eu, prefiro permanecer calada. Fazendo das promessas que me foram feitas, brincadeiras de uma criança que não soube o que falava. E aprendendo que se me é dada a oportunidade de prometer algo que não tenho 100% de certeza que poderei cumprir, é SEMPRE melhor permanecer calada.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ela, um amor. Ele, um sorriso. Os dois, a felicidade.



Ela queria se formar, ser alguém. Ele, curtir a vida. Ela ouvia música clássica. Ele, sertanejo. Ela fazia medicina. Ele, egenharia civil. Ela gostava de cachorros. Ele, de gatos. Ela era caseira. Ele, adorava "ruar". Ela, gostava de escrever. Ele, de cantar. Ela preferia caminhonetes. Ele, carros esportivos. Ela, sonhava em morar em São Paulo. Ele, no Rio. Ela, queria um casamento. Ele, uma aventura amorosa.

No final das contas, se conheceram por ironia do destino, quando o namoro do irmão DELA, com a irmã DELE, não deu certo.

Assim, seguindo a velha regra dos opostos, se atraíram de maneira sobrenatural...

Ela, se formou, e é uma excelente médica. Constrói órgãos artificiais. Ele, curte a vida construindo casas, prédios... Ela, aprendeu a ouvir sertanejo. Ele, a gostar de música clássica. Juntos, escutam bossa-nova. Compraram um labrador marrom, um gato persa, e ainda ganharam um hamster. Eles compraram a caminhonete, esportiva, e um carro esporte, grande. Ela, continua escrevendo, e ele, cantando. Só que agora, ele canta o que ela escreve. E ela escreve coisas para ele. Ela, passa a semana trabalhando, e ele também. No final de semana, saem no sábado, e namoram em casa no domingo. Ah, e moram em Curitiba. Mas têm um apartamento em SP, e uma casa com vista pra praia de São Conrado no Rio. Eles? Casaram. E descobriram que juntos, assim, nessa mistura louca da vida, conseguiram tudo o que queriam e muito mais. Conseguiram o mundo, e mais do que isso. Conseguiram na imensidão do mundo, encontrar um ao outro, e só. A sós, se descobrem de pouquinho em pouquinho a cada dia, escrevendo juntos cada capítulo da eterna aventura que decidiram protagonizar. A aventura de amar e ser amado, apesar de tudo. A aventura de viver, e descobrir que a vida é mais feliz, quando se vive acompanhado. E no caso deles, muito, muito bem acompanhados.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Meu "velho" jeito de ser.



Tem gente que gosta de tudo novo. Cabelo novo, roupa nova, carro novo, casa nova.. Não há nenhum problema em gostar de novidades. É o natural do ser humano. Mas eu, particularmente, gosto do velho também. Na verdade, as coisas antigas me fascinam. O charme dos móveis antigos, das casas com o pé-direito altíssimo.. O glamour dos lustres, e das molduras de quadros antigos.. Os melhores instrumentos musicais então, são aqueles arcaicos, feitos à mão, com a devida restauração, claro. E dizem que quanto mais velho for o instrumento, mais aveludado e penetrante se torna o som. Imaginem um Violino Stradivarius com o corpo talhado à mão, carregando na alma e na madeira, as marcas do tempo, "duetando" com um recém feito violino estridente. O som rude, se faz respeitar por sí próprio, independente do som gritante e explosivo do outro. Traduzem nas notas musicais, as lágrimas que nunca vão poder chorar.
Eu gosto do velho, porque simboliza a experiência, sabedoria, calma e paciência. Eu gosto do velho porque vai contra o sentido do mundo, e faz refletir a minha essência. Mas se eu gosto tanto assim do velho, é por causa das lembranças que o passado me trás. Desde a velha infância, tempos onde eu esperava sentada na varanda a fornada de "biscoitos-voadores" que minha vovó fazia todas as tardes na fazenda.. até o velho ontem. Desde um tempo, passei a observar mais e falar menos. A vida se tornou sublime, suave. Uma aventura ainda que silencilosa, que eu tento guardar todos os dias. O ano mal começou e eu já sinto em mim a mudança que essa nova fase da vida trás. Saudosista, tento hoje guardar em mim, as minhas melhores lembranças. Com a minha máquina fotográfica, relativamente antiga, nos padrões atuais, registro os melhores momentos. E sabe o que mais me fascina nas lembranças? O fato de que elas eternalizam dentro de nós o que temos de mais precioso e passageiro. A vida.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Ahh...



Quem não sente saudade de estar apaixonado, e ser correspondido? Mais do que isso, quem não sente saudade de amar profundamente, e num "duelo" de declarações apaixonadas bobas, acabar se conscientizando de que absolutamente NADA no mundo teria mais valor do que aquele simples momento? Então, não conseguindo mais expressar apenas com palavras a dimensão do sentimento, no meio de lágrimas de felicidade, típicas de uma reconciliação, troca-se um lindo beijo cinematográfico, que absolutmente NADA tem de técnico.
Depois do beijo, os olhos permanecem fechados, como tentando guardar no lugar mais protegido do cérebro, todos os mínimos detalhes daqueles aparentes segundos.. reviver cada pedacinho. Melhor ainda: Abrir os olhos devagarinho, e ver o seu reflexo brilhar nos olhos do outro, competindo com um lindo sorriso, que devagarzinho se forma junto ao seu, e ter a certeza que não é sonho. É real! E ter a certeza de que a vida proporciona todo o tempo do mundo para outros e outros momentos como este, se torna um consolo para o fim daqueles lindos segundos. Um abraço bem longo e apertado, perfumado à mistura dos dois perfumes. Pescoços encaixados.. sentir o coração do outro pulsar forte e acelerado na própria pele. O carinho nos cabelos e a outra mão presa fortemente à cintura.. Como se cada um dissesse no silêncio da linguagem corporal a quem o outro pertence.. É o clímax da felicidade. Acho que eu estou com saudade de amar e me sentir amada dessa maneira.

Atenção:
1)Não é saudade de alguém, e sim, do fato.
2) Isso não é um pedido, nem um convite, por favor. É apenas um desabafo.

E viva a felicidade!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Recordações..



Hoje eu estava organizando o meu armário, e encontrei a caixa onde guardo todas as cartinhas, bilhetinhos, etc. que recebo.. Eis aqui uma, de um amigo apaixonado, de muuuuuitíssimo tempo atrás.


Sassá
Sinto que a conversa que tivemos não foi suficiente para dizer tudo o que preciso. Na verdade, escrevo tbm, pq sei que palavras ditas são esquecidas pelos problemas que o tempo traz, enquanto as escritas, ficam como marcas na rocha, se tornando eternas.
Não consigo entender meus sentimentos, nem o porquê, nem mesmo o nome. Só sei que minhas noites não são mais as mesmas, desde algum tempo. Não sei o que acontece, mas quando fecho os olhos, é você quem me vem a cabeça. Mesmo depois que vc disse tantas verdades ( que apesar de verdades, ninguém no meu lugar gostaria de ouvir), eu ainda enxergo uma luz no fim do túnel.
Só queria que vc soubesse que te entendo perfeitamente.. sério. Contudo, não é fácil se declarar, expor sentimentos mesmo sabendo a resposta. Mais difícil ainda, é tentar dormir quando não consigo parar de pensar em você. E quando consigo, você ainda está lá, nos meus sonhos.
Sabe, tem vezes que eu vejo você como uma núvem. Não por ser passageira, mas sim, inalcançável. Quanto mais perto eu chego, mais você se desfaz. Então, 10 minutos se passam e eu volto a acreditar que se eu puder me esticar mais um pouquinho.. só mais um pouquinho, quem sabe poderia te alcançar.
Obrigado por ler meus desabafos. Só queria que você soubesse que isso não está passando, e que quando quiser, pode me ligar que você não estará me machucando, afinal, eu vou estar conversando com você e isso me deixa muito feliz.
Beijão Sassá.

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-> Será que alguém pode me explicar por que depois que a gente cresce, fica tão difícil encontrar um sentimento tão sincero quanto esse? Por que o amor (entre homens e mulheres) parece nascer a adolescência, se esconder na juventude, e voltar a desabrochar na velhice? Sinceramente, espero não ser esse o meu fim.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

(in)satisfação - Uma questão de prefixos.



Algumas pessoas colocam a culpa no destino. Outras, culpam a sí próprias. Eu não sei bem a quem culpar. Talvez porque na verdade não haja culpa alguma. Ou...

Talvez o problema esteja comigo, bem na minha essência.
Como todo acadêmico de mecidina, apaixonado pela profissão, sempre gostamos dos casos mais difíceis, mais raros, mais impossíveis. Nos fascinamos com paradas cárdio-respiratórias, choques anafiláticos, bronco-espasmos, e comas profundos. Não, a morte não é a nossa busca. Mas a sensação de roubá-los dela quando tudo e todos já haviam dado o veredito final, é simplesmente fascinante, recompensadora. E nesses casos, nunca medimos esforços. Noites e noites viramos acordados de plantão, torcendo baixinho para que tudo termine bem. E quase sempre termina. O poder concedido por Deus para salvar e transformar vidas é tão maravilhoso quanto sermos dignos de sair "voando" pelos corredores, como super-heróis, carregando nossa super-capa branca..

Talvez seja por essa eterna busca pelo milagre, pela transformação, pelos casos impossíveis, que ainda não tenha me "realizado" em todos os sentidos da vida.. mas, como toda troca de plantão, como toda "alta" assinada, como todo sorriso sincero de agradecimento do paciente e da família após um esforço sub-hunano, eu sei o quanto a esperança e perseverança compensam..

E se meus sonhos nem sempre se realizam, e pesadêlos se fazem presentes, eu sei que não preciso temer. É só esperar mais um pouquinho, que a manhã, assim como o fim do plantão, já está chegando. O segredo, é sempre lembrar que são nas noites mais escuras, que as estrelas brilham mais. Afinal, do que seria a vida, se não houvesem sonhos pelos quais valesse a pena viver e lutar?

sábado, 23 de janeiro de 2010



O papel já está gasto de tanto apagar. O lápis já quase sem grafite, insiste em rabiscar. Rápido, corre da borracha, que não tema em trabalhar. E mais uma vez, o coração continua quase em branco.
Tantas desculpas ensaiadas, tantos diálogos formulados e treinados sempre no pensamento em frente ao espelho, como se eu pudesse desabafar e enfim dizer à você tudo o que está preso aqui dentro.. Mas a boca nada consegue expressar. Os lábios tremem mas nenhum som é ouvido.
A mente está livre, mas o coração continua preso. Lágrimas, ah.. as velhas lágrimas. Companheiras de longa data.. Nem elas apareceram para me consolar. Foi assim que eu entendi que as lágrimas mais sentidas, aquelas mais doloridas, não são as que escorrem pelo rosto, e sim, aquelas que deslizam devagar, silenciosas no interior da alma. Tempestade de pensamentos atordoam a quietude que insisto em tentar reformular. Só não encontro fórmula poderosa o suficiente para solucionar os problemas que você um dia me causou. Já usei tantas borrachas na tentativa de te apagar.. mas sempre fica uma mancha escura. As letras do teu nome, ainda que sem cor, permanecem como marcas profundas, escritas bem no centro, do meu coração. E parece que quanto mais forte eu aperto a borracha, mais profunda fica a marca. Às vezes tento me enganar, me iludir, acreditar que já recuperei o branco puro, mas hoje percebi que é tudo perda de tempo. Nenhuma borracha que eu use conseguirá te apagar. Nem outros lápis, muito menos algum pincél. Preciso mesmo, é de um coração mais duro, já que o meu é um simples, fino, amassado, molhado e quase apagado, coração papel.


Sk, em alguns muitos meses atrás.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Estrelinhas entrelinhas..



Dizem que é melhor se arrepender de algo feito, do que se sentir arrependido por nunca ter tentado. Talvez seja verdade, talvez não. Mas se prender a coisas do passado, esquecendo que a cada dia a vida nos dá mais 24h p/ mudar, inventar, renovar, e ser feliz, definitivamente é burrice. Olhar p/ trás e se esFORÇAR em algo que quanto mais se força, menos se alcança, é insanidade. Pedir ao Céu que derrame novamente uma chuva que já desceu.. É como amar de peito aberto, um amor que já morreu.
Um ano novinho em folha acaba de começar.. Vamos tentar fazer das lembranças, apenas vagas lembranças... Deixar passar o que já foi.. E abrir o peito p/o que virá? Tentar viver menos "Talvez futuro" e mais "agora certo"?
Hoje sinto que me liberto das pesadas correntes que um dia EU me prendi.. Sem notar que reciprocidade inconstante está muito distante do que um dia eu sonhei p/ mim.
Hoje, sinto que posso respirar, encher o peito de um novo ar.. E com os braços abertos, poder gritar enfim.. LIBERDADE! Hoje sinto-me mais EU e menos alguém. Hoje sinto que viverei intensamente ESTE ano que é meu, e não um talvez "ano que vem".. P0rque quem sabe o que quer, faz por merecer, e faz AGORA.

domingo, 10 de janeiro de 2010

E por falar em saudade..



Passei esse fds no sítio da minha bisavó.. Um endereço um tanto acolhedor. Longe da cidade, entre dois cemitérios, na rua do presídio. Ou melhor, do lado, muro com muro, do presídio.
É uma realidade bem diferente da que eu estou acostumada a viver. Dormir ouvindo o cantar de grilos, e ser "protegida" não por cerca-elétrica, mas por guardas em cima do muro. Alguns milhares de tijolos dividindo a liberdade, da prisão.
Do lado de cá, na "liberdade", resolvi me prender do lado de fora do mundo.
Nesses 3 dias, me abstive de meios de comunicação. Celular, telefone fixo, internet.. Curti minha família, minha cadela, e outros animais do sítio.. Relembrei como é ser feliz sem tecnologia. Tomei banho de mangueira no quintal, rolei na grama.. dancei ao som de "o bife". Ouvi histórias sobre a chegada da televisão, do telefone celular, do computador. Dá época que o fusca era um carrão. Entendi a diferença entre lampião, lamparina e aladim. Ouvi dos namoros de porta, casamentos arrumados, e muita prosa, trocada nas praças.
Hoje, em tempos modernos, as televisões são quase obras de arte, de tão requintadas. Os computadores, cada vez mais leves, rápidos, eficientes. A internet, juntando e separando tudo e todos, ao mesmo tempo. E celular? Até mendigo tem. Mas os amores daquela época... ahh..
Os amores sonhadores, secretos.. Amores inocentes, respeitadores.. Amores românticos.. do tipo que ainda manda flores.. (se alguém lembrar da música, fez parte desse tempo.. rs).
Às vezes não nos damos conta de que vivendo a tão sonhada e conquistada "liberdade" do século 21, nos tornamos cada vez mais escravos.. Do trabalho, do relógio, dos outros. Até nos relacionamentos, onde um é o escravo (geralmente quem mais ama), e o outro manda (o que ama um pouquinho menos). E como tememos ficar no primeiro grupo. Será que depois de tantos impossíveis alcançados no mundo da tecnologia, o amor verdadeiro se "impossibilizou"? Será que ele se escondeu no interior das caixas mágicas, nas novelas e historinhas infantis?
Mas se a história da fenix se faz verdade na economia, tomara que se faça também nos corações. Torço baixinho, aqui no meu blog, para que o amor possa renascer das cinzas em que o tempo o transformou. E tomara que não demore muito, para que eu ainda tenha tempo de viver um desses por aí.
Besta? Sonhadora utópica? Talvez.
"Apesar de todo progresso, conceitos e padrões atuais
Sou do tipo que na verdade sofre por amor e ainda chora de saudade".
E que atire a primeira pedra quem lá no fundo, não quer a mesma coisa que eu. Podem até se orgulhar da lista interminável de ficantes que a liberdade dos relacionamentos de hoje nos traz.. Mas quando a noite cai, e a cabeça se reclina ao travesseiro, a consciência e o coração gritam em unanimidade a única vontade: Amar, amar, e amar..

Ps: A música chama Amante à moda antiga, de Roberto Carlos. Vale a pena escutar!