sábado, 25 de setembro de 2010

Volatilidade..



Talvez seja isso. Talvez ela fosse um anjo que Deus colocou em minha vida. Com toda a sua intensidade, numa suavidade que só os anjos podem ter. Tão presente, e ao mesmo tempo tão distante. Tão real, e tão inalcançável. Volátil. Mudava de estado tão rápido quanto eu mudava minhas roupas. Turbilhão de idéias, nem sempre conexas. Distribuidora de sorridos e gargalhadas, nem sempre com motivos justificáveis.. Mas seu jeito de menina, misteriosa, e ao mesmo tempo tão mulher, foi o motivo do meu fascínio. A inocência e a malícia juntas em um único ser. A sensualidade ingênua.. Era bela, intensa e volátil. Tudo o que o perigo quer. Talvez nos meus pensamentos terrestres não pudesse entendê-la completamente. Incompatibilidade de naturezas.. Melhor assim. Nada pior do que se apaixonar perdidamente por aquilo que não se pode ter. De repente apareceu na minha vida. De repente mudou meu mundo, e de repente para longe se foi. Um anjo misterioso, uma paixão platônica vivida, e uma doce lembrança pra nunca ser esquecida.

3 comentários:

  1. "Nada pior do que se apaixonar perdidamente por aquilo que não se pode ter..."

    Isso é tenso mesmo :/

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  2. Anônimo 2.0 c/ alvejante seguro27 de setembro de 2010 às 23:36

    Museu
    Nossa vida é repleta de quinquilharias; algumas apenas fazem volume, outras são guardadas debaixo do travesseiro, existem aquelas que só servem para nos ferir, e ainda algumas que só devem ser vistas de longe.
    Em nossos museus de grandes velhas novidades, encontram-se lembranças de algo que nunca foi tocado, que persiste intacto e protegido atrás de vidros, alarmes e seguranças. Imaculado, puro, livre de culpa, carente de remorso, desprovido de distorções... Às vezes é melhor assim, e sempre poder voltar ao museu e admirar o que nunca será destruído.
    Mas a quem queremos enganar? Olhar não é tocar, estar não é ter e pensar não é viver! Somos humanos, lobos, egoístas, queremos ser especiais, únicos e felizes... E se o que me torna pleno está num museu, então viro um ladrão; e se no céu estiver, me disfarço de anjo; ou se no inferno, então decaio.
    Independentemente de tudo, sempre devemos optar pelo correto! Eu sei... Mas afinal de contas, o que é correto? O que torna a todos felizes mas a você descontente, ou o que lhe torna contente e a todos infelizes? Uma vida pelos outros sempre é um ato de grande nobreza, diria bíblico, mas para quem acredita numa única vinda, a vida restringe-se à exclusiva chance de encontrar algum sentido para tudo.
    Não sei se acredito em anjos, mas se algum se submete à fome, dor e às limitações da carne, por algum motivo o faz, se tornando nada mais do que um singelo mortal, tão menos divino quanto por ele mesmo escolhido, tão perdido quanto por sua essência definido.

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  3. Anônimo 2.0 você tem futuro. Escreve legal. Esse seu texto Say é lindo. Recomendo que veja o filme "Tudo pode dar certo" do diretor Woody Allen. Tem uma frase lá que pode ser chata de ser ouvida mas talvez contenha uma grande verdade: Todas as relações são transitórias.
    O no final das contas o que é a vida senão um dia após o outro com momentos marcantes no meio?

    Então vamos parar de lamentar o passado, mas lembrá-lo como aprendizado e acalentar-mo-nos com as boas lembrançase vamos rumar ao futuro. POrque cada história é uma nova história. só será velha se você quiser se repetir.

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