sábado, 27 de fevereiro de 2010

Meu "velho" jeito de ser.



Tem gente que gosta de tudo novo. Cabelo novo, roupa nova, carro novo, casa nova.. Não há nenhum problema em gostar de novidades. É o natural do ser humano. Mas eu, particularmente, gosto do velho também. Na verdade, as coisas antigas me fascinam. O charme dos móveis antigos, das casas com o pé-direito altíssimo.. O glamour dos lustres, e das molduras de quadros antigos.. Os melhores instrumentos musicais então, são aqueles arcaicos, feitos à mão, com a devida restauração, claro. E dizem que quanto mais velho for o instrumento, mais aveludado e penetrante se torna o som. Imaginem um Violino Stradivarius com o corpo talhado à mão, carregando na alma e na madeira, as marcas do tempo, "duetando" com um recém feito violino estridente. O som rude, se faz respeitar por sí próprio, independente do som gritante e explosivo do outro. Traduzem nas notas musicais, as lágrimas que nunca vão poder chorar.
Eu gosto do velho, porque simboliza a experiência, sabedoria, calma e paciência. Eu gosto do velho porque vai contra o sentido do mundo, e faz refletir a minha essência. Mas se eu gosto tanto assim do velho, é por causa das lembranças que o passado me trás. Desde a velha infância, tempos onde eu esperava sentada na varanda a fornada de "biscoitos-voadores" que minha vovó fazia todas as tardes na fazenda.. até o velho ontem. Desde um tempo, passei a observar mais e falar menos. A vida se tornou sublime, suave. Uma aventura ainda que silencilosa, que eu tento guardar todos os dias. O ano mal começou e eu já sinto em mim a mudança que essa nova fase da vida trás. Saudosista, tento hoje guardar em mim, as minhas melhores lembranças. Com a minha máquina fotográfica, relativamente antiga, nos padrões atuais, registro os melhores momentos. E sabe o que mais me fascina nas lembranças? O fato de que elas eternalizam dentro de nós o que temos de mais precioso e passageiro. A vida.

9 comentários:

  1. "Panela velha, é a que faz comida boa!" - hashas, brincadeira!

    Sim, cada vez mais que vivemos - ainda mais quando somos jovens - passamos a falar menos e a ouvir mais, a sentir mais. Talvez isso explique a vontade de escrever, e a vontade de ler coisas que nos toque - como propriamente esse texto - coisas que nos identifique.
    Dizem que é coisa da nossa geração - como meu professor de história - geração Y. Em que buscamos mais os sentidos das coisas. E como em uma maquina fotográfica antiga, tem mais e da mais valor as fotos, dos que as atuais - as digitais.

    E eu que sempre busco textos que me façam refletir e comentar. Avistei esse para ler e falar, muito escrito e citado das coisas!

    Sinceros Abraços...

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  2. aaah minha ksa kero seja com moveis antigooooooos, axo tão gostoso!
    mas admito q gosto de renovar, axo q é meio psicologico meu, axo q se eu mudar as coisas ao meu redor vou estar mexendo e mudando dentro de mim...enfim coisas da psicologia UAHAUAHA

    bjOOOOO sassa

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  3. Você é sem dúvida a idéia mais perfeita que ja pude conhecer no planeta terra.

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  4. Adriano, vc sem dúvida deve ter algum interessa na senhorita Sayuri...rs

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  5. Anônimo, 1) vamos parar de especular? e 2) Eu não senti que isso foi um elogio. E sim uma crítica construtiva. Idéia. Idéia. E daí p/ realidade há um loooooongo caminho.

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  6. Anônimo 2.0 Turbo Diesel1 de março de 2010 às 21:45

    Teias na estante
    Em uma antiga estante de madeira escura, livros, poeira e aranhas dividem as prateleiras. Os livros, repletos de vida, a poeira, cheia de recordações, e as aranhas, fiéis defensoras. A estante repousa sob a escada do sobrado abandonado dos devaneios. Lá não há tempo que escape e tudo que vivemos ali descansa.
    Às vezes nos escapa que ela ali permaneça, perene, imóvel, em seu modesto e rústico arranjo e seu cantinho escondido, não sendo, seguramente, o móvel mais lustroso da casa. Na verdade, insistimos em muitas vezes deixá-la esquecida, apenas colocando os novos livros e os deixando aos cuidados das caprichosas aranhas.
    Mas de tempos em tempos eis que voltamos a achá-la, e ali, deparados com os livros do tempo (alguns mais sujos e desgastados, outros novos e pouco usados), não nos contemos em ter em mãos, novamente, uma boa leitura. Por vezes comédias, noutras, romances, algumas aventuras e, certamente, muitos dramas.
    O problema não é olhar para o livro, nem tocá-lo, ou abrí-lo, na verdade, se a lembrança nos livra dos erros, então a leitura engrandece nossa alma. O grande empecilho é decorrente do abandono, em meio aos livros, muito pó, muitas teias e algumas aranhas. As aranhas apenas defendem sua toca e não distinguem quem meche na estante, assim, picam aqueles que ainda não descobriram como manusear os livros.
    Enfim, recordar é sublime, mas certifique-se de espantar todas as aranhas antes de reabrir o livro.

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  7. Caro anônimo você ta enganado e certo. Enganado porque realmente meu "elogio" foi uma "crítica" sútil que só mesmo uma garota muito esperta com Sayuri para entender.

    Esta certo porque eu tenho MUITO interesse nela. Eu e todo planeta terra! Afinal, como conhecer essa mulher e não querer estar de qualquer forma de qualquer maneira, por perto até findar a última estrela no céu?
    E a nave vai...

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  8. Taí, da boca do próprio Adriano a confirmação...
    Mas peço desculpas se foi um comentário impertinente. Não foi minha intenção desagrada-la.

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  9. Não, querido.. É que por esse blog passam todos os tipos de pessoas. As que me amam, e muuuuuuitas que me odeiam.. e elas ficam esperando uma "vírgulazinha" p/ falar, entende? E o Adriano e Eu ja fomos motivos de muitas brigas.. acredite. É só uma maneira de protegê-lo e a mim também! Mas você e seus comentários serão sempre muito bem vindos! =)

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