quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Silêncio, por favor.



Queridos, o silêncio para mim é algo mágico. Um dom. É preciso muita coragem, auto controle, conhecimento próprio e consciência tranquila para se manter em silêncio.
E ultimamente, o silêncio é o lugar mais acolhedor que eu encontrei para ficar.
Se algumas coisas boas na vida, são feitas com muito barulho, as mais profundas, são feitas com muito silêncio.
Já faz algum tempo, que aprendi que no silêncio, são ditas as mais belas palavras de amor. Também é no silêncio, que se faz a melhor vingança. É no calar da noite, e no interior da alma, que os defeitos gritam, as angústias se manifestam, e os amores se fazem presentes. É no silêncio, que a admiração nasce, e a inveja também. É no silêncio, que a vida se constroi, e nele, que ela se vai. Antecedendo o pranto em agonia, surge o silêncio de um choro seco, quando a garganta cola, os olhos doem, as lágrimas nascem, o pulmão se esvazia, os vasos sanguíneos se dilatam, e todo o corpo se prepara para soltar o grande grito, dando a largada para o pranto amargo. Com todo o corpo preparado, surge então uma inspiração barulhenta, profunda e extremamente rápida, e então, o pranto começa, mas o momento de maior dor, já passou.
Mas se o silêncio é o precendente do choro, também o é de um singelo sorriso, que por sua vez, precede um grito de felicidade. É nele, que se faz a mais profunda admiração. É nele que se faz a surpresa, o suspense, o medo. É nele que se faz o terror.
E existem dois tipos de silêncio. Aquele coercitivo, e outro, opcional.
Eu, criei coragem de acalmar meu lado humano vingativo, e manifestar o meu desprezo no silêncio, que EU decidi criar. Acho nobre se manter calado diante de certas situações. Não acredito que gritar aos sete mares os defeitos alheios de alguém, o fará mudar, ou ao menos refletir sobre si mesmo. Aliás, a base de toda e qualquer reflexão é o silêncio. Acho que quem muito fala, fala besteira, e corre o risco de cair na prórpia armadilha. Muitas vezes, quem muito fala, mal sabe o que aqueles que o cercam falam a respeito dele próprio. E outras vezes ainda, aqueles que te cercam, e muito te "falam", por trás, no silêncio de seus atos, comprovam a "AMIZADE" que têm por você.
E se eu, na minha vida, e no meu blog, resolvi me manter em silêncio, gostaria de pedir a compreensão de todos, meus amigos e inimigos que o frequentam, para que em relação à minha vida, se mantenham em silêncio também. Na verdade, esse é sim um espaço público, e não, eu não pretendo moderar meus comentários.. O objetivo desse blog é publicar textos meus, alguns sobre mim, outros feitos com idéias minhas a respeito de situações, e outros ainda, baseados em situações de amigos meus. O comentário é livre, para ser feito inclusive em anonimato.. E gostaria que continuassem comentando sim, mas a respeito do texto, somente. E se não houver nada de construtivo para ser digitado no espaço, por favor, fique em silêncio. Não façam desse espaço tão meu, tão lindo, palco de discussões.
Se a constituição diz "isso ou aquilo", tudo bem, é problema da constituição. Eu particularmente amo o meu nome, e adoro usá-lo. Nada do que eu faço fica no anonimato. Mas, a opção de se expor ou não, é de cada um. Acho que quem nada deve, nada teme. Gostaria realmente que a coragem que alguns autores de comentários têm para O fazer, se manifestasse na hora de preencher um dado tão simples.. seu proprio nome. É tão legal ler o que você tem a dizer, e saber quem você é. Mas se isso não lhe é de agrado, tudo bem. Muitas vezes não é um "ANONIMO" que esconde quem você é. As vezes, ainda que você queira ficar no anonimato, não consegue disfarçar as suas atitudes, o seu caráter, e os seus defeitos. No silêncio, apenas manifesta em dose dobrada, de forma reluzente, o seu "EU" interior, seja ele belo, ou podre.
Sendo assim, agradeço a coragem de quem me defende, e insisto, não se preocupem.. como diz um velho ditado: Elogios, não me elevam. Críticas, não me rebaixam. Sou o que sou, e não o que acham. Por dentro, uma consciência limpa. Por fora, um conceito seu. Ainda que a sua visão seja retorcida.
É isso. O silêncio é suave, e belo. E sempre precede um grito. Seja ele de felicidade, ou de pranto. O meu, definitivamente, será de felicidade. Olho para a minha vida, para o meu passado, meu presente e tudo o que eu vejo no futuro, é uma escada eternamente em ascensão. Fui feliz no passado, sou feliz hoje, e mais feliz ainda serei amanhã. Afinal, a minha felicidade não se baseia em pessoas, em comentários fofos ou azedos. Se baseia em mim.
;)

7 comentários:

  1. A um bom tempo venho lendo seus textos, eless são muito aconchegantes, inspirantes, refexivos e me fazem ver a vida por outro ângulo, um ângulo mais belo...
    Nessa sua última postagem senti um tom de desabafo.
    Olhe só. Venho me pronunciar, como uma admiradora de seu blog e da bela pessoa qeu vc demonstra ser. E digo, muito obrigada por seus textos!

    Fica com DEUS!!!!!!!!!!!

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  2. Obrigada, lindona!
    Realmente dessa vez foi mais um desabafo.. hehehehe.. É só p/ organizar a casa, de vez em quando! ;)
    Fique com Deus também! E volte sempre! hehehe..

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  3. Dizia o antigo ditado chinês...

    Brocardos, prolóquios, adágios ou provérbios, designações tantas que nos impelem a singelos textos, transmitidos entre pais e filhos, por gerações, que nos elucidam duas preponderantes verdades: a profundidade das palavras e a saberia do anonimato.
    As palavras podem ser deturpadas muito facilmente e a história nos revela que somente grandes nomes possuem citações memoráveis. Estaria isso certo? Na realidade, é muito fácil nos referirmos a uma frase não pelo seu impacto ou sabedoria intrínseca, mas por quem a disse, não importa se esse é um grande literário ou o atual presidente do país. Vemos também, nos jornais, que é muito mais fácil chamar a fonte da informação de proxeneta imoral do que contestar o revelado. Aparentemente vale muito mais o “quem disse” do que o “que disse”.
    Daí a beleza e leveza dos ditados, não importa quem disse, mas sim, o que disse. Não quero saber se a pessoa é digna de credibilidade, mas se as palavras são tocantes. Não quero saber quem foi o chinês, se ele é rico ou pobre, feio ou não, não irei questionar o texto pela fonte, mas pela essência.
    Assim, histórias e metáforas sempre são uma bela forma de aconselhamento ou de elucidar o velado, enfatizando o propósito, não o ego de quem escreveu. De fato, não importa quem o criou, ou eu, ou você, mas se de alguma forma o texto serviu a alguém.
    Todavia, utilizar o anonimato para caluniar e difamar não apenas é criminoso como, também, degradante. Dessa forma, vale ressaltar que existem propósitos distintos ao anonimato e que nem todo anônimo é um proxeneta imoral.

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  4. Sim, anônimo.. Concordo com você. Há tipos e tipos de anônimos. Incrivelmente, eu conheço quem são. E esse texto não se refere à você, querido. Se refere aos anônimos que não tem o que fazer, e vem bisbilhotar e fazer comentários desnecessários aqui.. Mas quer saber?? Eles acabam se queimando sozinhos..=)
    Você pode continuar comentando com anônimo, eu deixo.. até pq, falta muuuuuuuito p/ vc ser anônimo de verdade.. hehehe.
    ;)

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  5. rsrsrsrs. Tá certo, pode deixar.
    bjs!

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  6. Pedaço de nada.
    Como se domar o vento e sempre sentir o doce toque do suave zéfiro se sua essência é o correr para longe, apenas deixando o gosto de sua passagem e a falta de sua presença?
    Poderia aprisionar o vento em um quarto, trancá-lo, e ali cortar seus movimentos, mas onde estaria a brisa que tão bem me faz?
    Quem sabe um ventilador, mas novamente o mesmo problema, ele apenas jogaria o ar por mim, deixando-o ir, para quem sabe mais tarde, jogá-lo aos meus braços novamente.
    Então um condicionador de ar, mas eis a tormenta, não quero o ar de toda a sala, quero exatamente um pedaço, e ao natural, não o quero filtrado nem climatizado, apenas puro.
    É difícil querer exatamente aquele volume de ar, pois para todos é simples dizer que existe tanto por aí, por que exatamente aquele? É loucura querer somente aquele! Na realidade, como diferenciá-lo? Pois não tem cheiro, cor ou gosto, nem se conhece direito sua composição, nem todas as impurezas carregadas por ele. Enfim, pura insanidade...
    É difícil explicar, mas parece que aquele exato pedaço de “nada” é diferente, é especial, e que não importa se existem quintilhões de metros cúbicos do mesmo ar no mundo, pois em essência, não o é.
    Enfim, como tê-lo se ele não para, ou chamá-lo se ele não ouve, ou vê-lo se ele se esconde? Aparentemente o único jeito é aguardar que ele lhe encontre, querendo não mais do que seu leve toque, para o deixar partir novamente, clamando para que mais tarde ele torne a achá-lo, até que um dia, finalmente, se encontre um jeito de convencê-lo a ficar. Aí, então, toda torvação se esvairá com um mero sopro em sua fronte, e toda insegurança sumirá com uma doce e serena brisa em seus lábios.

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  7. Isto é algum duelo de poemas? Tipo coisa de repentista?

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